O Comitê Extraordinário Covid-19, em reunião nesta quinta-feira (15), decidiu que Poços de Caldas, assim como todo o Sul de Minas, vai avançar para a onda vermelha do plano Minas Consciente. O governador Romeu Zema (Novo) fez o anúncio na manhã de hoje e a mudança entra em vigor no sábado (17).
As macrorregiões de Saúde Norte, Sudeste e Jequitinhonha e as microrregiões de Betim, Belo Horizonte/Nova Lima/Caeté, Vespasiano, Contagem, Curvelo e Manhuaçu também vão avançar. Com a decisão, metade das macrorregiões do Estado ficará na onda vermelha, enquanto a outra metade segue na onda roxa, a mais restritiva do plano, por pelo menos mais uma semana. Triângulo do Norte, Triângulo Sul e Noroeste, que já estavam na onda vermelha desde a última segunda-feira (9), permanecem nesta fase.
“Obtivemos melhorias de indicadores, o que possibilitou as decisões técnicas por parte da Secretaria de Saúde. Mas é preciso lembrar que estamos longe de ter conforto. Ainda temos um sistema hospitalar sobrecarregado, os profissionais de saúde estão cansados e as vagas são poucas. Por isso precisamos tomar todos os cuidados para evitar a transmissão do vírus. Dobramos o número de leitos de UTI e de enfermaria em Minas Gerais, mas o aumento de casos nessa segunda onda exige toda cautela”, afirma o governador Romeu Zema.
Na última semana, Minas Gerais registrou aumento de 6,6% no número de casos e 11% nos óbitos. Porém, de acordo com o governo estadual, o isolamento e as medidas restritivas da onda roxa geraram resultados positivos nas macrorregiões que poderão progredir para a onda vermelha.
“Em algumas regiões qualquer variação no número de casos pressiona o sistema de saúde. Mas a progressão decidida pelo comitê leva em consideração a chegada de medicamentos (sedativos do kit intubação), o que nos dá uma melhor perspectiva no atendimento. E pela primeira vez em um mês temos macrorregiões com leitos vagos, o que permitirá a movimentação de pacientes”, destaca o secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccherreti.
Impacto da vacinação
Durante a reunião do comitê, o secretário indicou ainda o impacto da vacina nos óbitos dos idosos em Minas. Segundo ele, as mortes vêm diminuindo nos grupos que receberam mais doses do imunizante, especialmente nos idosos acima de 80 anos. “Antes o óbito chegava a 8% nos grupos de mais idade e agora está em 3%. Em maio nossa expectativa é que a média de internação e óbito do grupo mais vulnerável caia ainda mais”, ressalta Baccheretti.