A Polícia Civil concluiu o inquérito que apura a morte de um bebê no dia 2 de fevereiro deste ano após ter sido deixado sozinho em casa. O inquérito apurou que o bebê foi deixado pela mãe aos cuidados do pai, que saiu de casa e deixou a criança sozinha. Ryan, de apenas três meses, se engasgou com leite e morreu.

As informações iniciais eram de que a mãe, de 17 anos, teria deixado a criança sozinha para participar de eventos carnavalescos. Quando a criança deu entrada no hospital, já sem vida, foram iniciadas as investigações.
“Apesar de diversas versões apresentadas durante a lavratura do auto de prisão em flagrante, a Polícia Civil conseguiu apurar que a mãe dessa criança saiu de casa no dia 24 por volta das 16h para aproveitar as festas de Carnaval e deixou a criança sob os cuidados do pai. Por volta das 5h da manhã do dia 25 o pai saiu para trabalhar, após ter alimentado a criança, e a deixou sozinha”, explica o delegado Hernanni Perez Vaz.
A criança foi encontrada já desfalecida pela mãe, por volta das 6h30, quando ela retornou. “Com medo de uma eventual responsabilização a mãe acionou uma vizinha, que já tinha o costume de cuidar da criança, inventa uma desculpa para que ela vá até a casa cuidar do bebê. A mãe deixa a casa e a vizinha encontra a criança já desfalecida e aciona o Samu, que já constata que o bebê estava em óbito”, explica o delegado.
Foram feitas diversas tentativas de reanimação, mas a criança não respondeu. Segundo o laudo do Instituto Médico Legal, o menino morreu por asfixia decorrente de bronquioaspiração, possivelmente de alimento.
O delegado afirma que o pai praticou uma conduta que está descrita na lei como crime, ao sair de casa e deixar deixado essa criança de apenas três meses sozinha. O pai foi preso em flagrante, mas deixou o presídio na última quarta-feira (11) graças a uma liberdade provisória. Ele vai responder pelo crime de abandono de incapaz com agravante pelo resultado morte. A pena varia de 4 a 12 anos.
Já a mãe não será indiciada, assim como a vizinha, que apenas prestou o socorro. “As pessoas questionam se a mãe não foi indiciada por ser menor, isso não é verdade, ela não foi indiciada porque tem condutas que apesar de moralmente questionáveis e reprováveis, não são ilegais. A conduta dela não tem como ser atribuída ao abandono, já que ela deixou o filho aos cuidados do pai e quem saiu de casa e deixou a criança sozinha foi ele”, explica Hernanni.
O inquérito foi remetido ao Ministério Público.
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