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Nova geração: escritores poços-caldenses falam sobre o mercado literário

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Letícia Magalhães escreve desde os sete anos.
Letícia Magalhães escreve desde os sete anos.

Letícia Magalhães, de 23 anos, escreve contos, poesias e livros desde os sete. Com três livros publicados de forma independente ou lançados por editoras, a jovem conta das dificuldades de se viver da literatura no Brasil. “Não é fácil porque para achar uma editora você precisa ou de uma indicação ou de ter um produto que o risco de publicar é pequeno e vai dar lucro ou você precisa de muito dinheiro para gastar”.

Além do recente romance ‘Anos de Chumbo‘, no qual relata a história de dois grupos de estudantes que lutam contra o regime durante a Ditadura Militar, Letícia também uniu a paixão pela escrita com o amor pelo cinema antigo e escreveu “Crítica Retrô – Apontamentos de uma Jovem Cinéfila”, para dar dicas de filmes e analisar personagens, narrativas e diretores.

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Fernando escreve sobre vampiros, alquimia e política.
Fernando escreve sobre vampiros, alquimia e política.

Já o escritor Fernando Ferraz, 25, começou no mundo literário com a saga de ficção “Os Matadores da Meia-Noite“, sobre vampiros. Mas aos poucos começou a escrever sobre outros assuntos como alquimia e também política. Ele toma como inspiração dois escritores estrangeiros. “Me inspiro bastante em dois grandes escritores, a primeira é J.K. Rowling (Harry Potter), pela dedicação de trazer fantasia ao mundo de forma tão simples e nova e Dan Brown (O Código da Vinci) porque sou louco pelos livros dele e acho que tem tudo para fazer todo sucesso do mundo, como já vem fazendo”.

Para ambos, lidar com a rejeição da família à profissão é algo complicado. “Os pais nunca sonham com um filho escritor, eles sempre querem essas profissões mais convencionais, como médico, advogado, essas coisas”, conta Letícia.

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Além disso, outro problema que os escritores nacionais encontram é a negativa dos leitores, já que muitos preferem a literatura estrangeira. Para Fernando, uma das coisas que têm agravado a situação são os livros lançados no país com o objetivo de tornarem-se best-sellers.

“Os escritores jovens brasileiros têm se destacado bastante no mercado, mas a gente vê esses jovens youtubers que lançam livros que estão sendo criados apenas para fazer sucesso. Um garoto de 15 anos não tem vivência suficiente para escrever uma biografia”, analisa.

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Os dois acreditam que não dê para viver de literatura no Brasil, mas também se negam a abandonar a profissão que lhes traz tanta alegria. “Eu sei que o ‘ser escritor’ nunca vai morrer, eu quero ser uma grande pessoa e deixar um grande legado. Já estou deixando com meus livros”, finaliza Fernando.

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