Seis mil quilos de abóbora, 180 de açúcar e 300 de coco. Esses são os ingredientes usados na receita do maior doce de abóbora do Brasil. São 633 quilos, oitenta e dois a mais do que o feito no mesmo local em 2016. “A gente já tem peças de 100, 200 e 300 kg. Um dia, uma pessoa disse ‘duvido que você faça uma peça de mais de meia tonelada’. Em 2015 a gente fez para bater esse desafio e deu 551 kg. Nesse ano estamos repetindo, porque queremos que vire uma tradição aqui em Poços de Caldas, como se fosse um evento da cidade. Todo ano fazemos um doce e, a cada ano, vamos aumentando um pouquinho mais”, conta Gláucio Peron.
A receita é de família, e já está na terceira geração. “Quando a gente morava na roça, durante a semana a gente estudava, mas no fim de semana tinha que fazer os doces. Os meus tios e os meus avós faziam doces e eu e as minhas irmãs tínhamos que vender na cidade de charrete. A gente morria de vergonha de ir de charrete, mas aí juntávamos os queijos da minha mãe, os doces que a gente fazia e ia com uns pedaços de leitões e umas galinhas, ia tudo junto”, relembra.
O que começou com a família, acabou se tornando um negócio que já tem 22 anos de existência. Gláucio revela que a produção do doce de abóbora é bem demorada e exige muitos cuidados. No total, foram necessários 26 dias e oito profissionais para confeccionar a receita com muita atenção no preparo. O resultado final, além de enorme, também é muito gostoso. Os 633 quilos de doce podem ser comprados por R$ 24 mil, mas se você ficou com vontade de provar, não se preocupe, os pedaços do doce estão sendo vendidos na loja Doce da Roça.
Recorde
Por conta do peso, fazer a pesagem do doce foi tarefa difícil. Ele foi transportado até o bairro Country Club em uma camionete e retirado por uma empilhadeira.
Na pesagem final, foram descontados 210 kg na própria balança, referentes ao peso do recipiente de madeira em que o doce estava armazenado.
Com os 633 quilos, o Doce da Roça bateu o próprio recorde de maior doce do Brasil. Quem conferiu a pesagem e entregou o troféu foi auditora do RankBrasil, Elisângela Arruda, que veio de Curitiba até Poços. “Já existe um recorde do Doce na Roça, e ele precisava fazer algo maior, que fosse mais pesado e maior que o recorde já estabelecido. Além disso, tinha que seguir todos os critérios de higiene, toda questão da vigilância sanitária, e tudo isso foi atendido. É doce para todo mundo”, comemora.