O índio Arabutan, da tribo Coroa Vermelha, chama atenção. Ele ensina os turistas a usar os apitos que imitam sons de pássaros. Natural de Porto Seguro (BA), trouxe para Poços de Caldas produtos artesanais feitos de madeira, cipó e penas.
“Cada apito tem o som de um pássaro. Tenho para inhambu, pomba, rolinha, bem-te-vi, curió, pássaro preto”, conta. Esta é uma das atrações da Feira Regional do Fórum Sulmineiro de Economia Popular Solidária, que começou hoje e vai até domingo, no Parque José Affonso Junqueira.
O conceito de Economia Solidária é baseado na união e no fortalecimento de associações, cooperativas e grupos informais de trabalho com produções artesanais e da agricultura familiar. Essa é a segunda feira organizada pelo Armazém das Artes, de Poços de Caldas, que coordena o Fórum. São dois eventos por mês, em diferentes cidades do sul de Minas. Neste ano, ainda haverá feiras nas cidades de Carmo do Rio Claro, São Sebastião do Paraíso, Passos e Pouso Alegre. “Hoje as pessoas complementam suas rendas e hoje algumas vivem mesmo de economia solidária”, explica Tatiana Luz, que faz parte da organização.
Outro produto que chama atenção é a garrafa de absinto da Don Saturnus, de Itajubá. Quem passa por ali pode degustar esse e outros produtos orgânicos, sem conservantes, como o licor de marula e o hidromel. O produtor, Eduardo Vieira, lembra que foi trabalhoso iniciar a produção do absinto, que precisa de ervas específicas para ter o sabor original. “Você encontra essência de anis, de erva-doce, mas não é a mesma coisa. Foi muito difícil achar a erva certa, da espécia certa, a cor também é natural, não tem colorífico. É um processo totalmente artesanal”.
A feira, que vai até domingo, ainda tem produtores das cidades de São Sebastião do Paraíso, Varginha, Pouso Alegre, Guaranésia, Passos e Santana da Vargem. Veja mais produtos disponíveis: