O clipe da música “Tão pequenino”, lançado durante a pandemia, foi a maneira que a Cia. Nós de Teatro, de Poços de Caldas, encontrou para continuar fazendo arte e criando conteúdo para o público. A canção, que conversa com as crianças sobre as tarefas do dia a dia, também busca arrecadar fundos para o grupo, em um chapéu virtual, com valores a partir de R$ 5. “Contamos com a colaboração de vocês, por amor à arte, e por amor a nós, artistas”, diz a atriz Évila dos Anjos, ao final do vídeo.
Além de Évila, o grupo é formado por Leidy Nara, Gilbão Leeu e Dani Villas. Com letra de Dani e música e edição de Gilbão, a gravação do clipe exigiu uma produção atípica, realizada com cada artista em sua casa.
“Os vídeos foram gravados separadamente, após concepção de um roteiro com partituras corporais. Cada um, em sua casa, buscou maneiras de melhor fazê-lo, utilizando-se dos recursos que dispúnhamos. Foi uma experiência muito interessante, que nos desafiou tanto na criação quanto no processo”, relata Dani Villas.
A atriz ainda comenta os desafios para que a produção artística continue durante a quarentena, apesar das restrições impostas nesse período. “Com editais suspensos e aulas canceladas, estamos sendo desafiados a testar outras formas de fazer arte. Continuamos trabalhando e produzindo conteúdos relevantes, além de nos aprofundarmos em processos que podem ser utilizados no futuro. Isso tudo sendo feito sem apoio ou políticas públicas específicas que nos possibilitem a continuidade dos trabalhos, mas seguimos acreditando que a arte tem papel fundamental perante a sociedade, pois é ela que tem nos proporcionado a sensibilidade e a força, para encararmos o dia a dia, enquanto trabalhadores que somos”.
A Cia. Nós de Teatro
Criada em 2015, a Cia. Nós de Teatro tem como orientação o estímulo ao pensamento crítico, em trabalhos para os públicos infantil e adulto. O grupo todo participa dos processos de montagem, pesquisa e produção dos espetáculos, que também têm artistas convidados. Entre as temáticas presentes nestes mais de cinco anos, estão gênero feminino, cultura regional e popular, contação de histórias, sustentabilidade e teatro como manifesto político.