O Espaço Cultural Ziriguidum está com exposição “Fibromialgia” aberta para visitação. São trabalhos de dez artistas que utilizam diversas técnicas, abordagens e estilos. A mostra segue até o dia três de agosto.
De acordo com a artista plástica Dalmoni Lydijusse, a miscelânea de trabalhos expostos está conectada pela diversidade de olhares e interpretações, marcada pelas experiências individuais e pela forma que cada um tem de olhar o mundo.
A exposição conta com o trabalho de dez artistas muito diversos, entre estudantes, professora e arquitetos. No espaço, cada um apresenta sua arte de forma única e os visitantes podem encontrar de tudo um pouco no que diz respeito às técnicas utilizadas. Desde aquarela sobre papel, tinta acrílica sobre papel, giz pastel oleoso sobre papel lixa, até desenhos sobre guardanapo.
“É uma coisa muito honesta, não consigo encontrar outra palavra. É uma fruição de um momento, daquela emoção daquilo que você está vivendo. É um estado, um estado da arte, o que tem aqui são frações dessas expressões que se dão em vários materiais, pode ser na tinha, pode ser sobre madeira, na aquarela sobre papel. É uma liberdade, isso é a revelação da liberdade, porque quem gosta de desenhar, desenhou, quem tem o hábito de pesquisar no pastel seco, mostrou esse trabalho. É uma coisa que em princípio nasce pelo encontro do artista com o material, é a liberdade de se relacionar com o material”, explica.
Fibromialgia
A princípio, o que mais chama a atenção sobre a exposição é o nome dado a ela. Dalmoni explica que a escolha partiu dos próprios artistas e, apesar de fora do esperado, ela diz que resolveu apostar. Além de despertar a curiosidade, um dos argumentos dados pelos artistas ao sugerir o nome. Ela comenta que existe, dentro do mundo artístico, uma vertente que pensa em criação artística como algo doloroso, sofrível, e que, se é penoso, tem algum valor, e, portanto, é sério. Apesar de não seguir essa linha de pensamento, Dalmoni entende que ‘Fibromialgia’ seria a revelação de contexto social que está completamente envolvido com o vocabulário de doença, que é muito comum na sociedade de forma geral.
“A princípio o nome veio disso, da dor da criação. Eu não comungo dessa ideia, mas já acreditei nisso. Agora, de toda forma, isso foi uma revelação, porque a arte é um substrato humano e foi muito bom, até porque se eu não tivesse aceitado o nome, não teria vivido essa experiência, eu não teria entrado em contato com essa situação que eu considerei como um pequeno retrato, uma amostra do que está subjacente, do que está unindo, o que tem feito parte da vida da gente”, diz.
São artistas da exposição: André Prado; Antonietta Prezia; Daniela Silveira; Esther Cervini de Melo; Henrique Granato Dias; Júlia Bertú; Juliana Akstein; Rafael Junqueira; Raquel Franco e Regis Figueiredo.
A exposição fica no Espaço Cultural Ziriguidum até dia três de agosto. As visitas podem ser realizadas de segunda a sexta, das 13h30 às 18h30. Para agendamentos de grupos ou escolas é só entrar em contato pelo telefone 3715-3534.
O Espaço Cultural Ziriguidum fica na rua Ouro Preto 102, Jardim dos Estados.
