O poke, que em havaiano significa cortar, é um prato da culinária do Havaí que chegou a Poços de Caldas em 2017. Ele possui similaridades com pratos japoneses, como temaki e sashimi, e peruanos, como o ceviche. Para entender melhor esses sabores, o Poços Já Divirta-se visitou dois lugares que servem o poke.
O chefe poços-caldense Daniel Elídio da Silva, da Pooke Hawaiian Food, conheceu a culinária havaiana em uma viagem à Austrália. Ele explica que a influência japonesa no Havaí fez com que os pratos asiáticos fossem misturados a peixes com peixes e frutas típicos da ilha. “Os surfistas que participam das competições gostaram muito do poke por ser uma comida rápida, saudável e leve. Eles podem voltar para o mar em pouco tempo. O costume foi levado para a Califórnia e de lá se espalhou pelo mundo, inclusive na Austrália, onde o conheci”, conta Daniel.
Ao voltar para Poços, Daniel resolveu montar um restaurante específico com a comida havaiana, o que ele chama de fast-food de comida natural. “Aqui a pessoa pode montar como ela quiser, assim como já acontece no mundo. É um bowl, uma tigelinha, onde você coloca a base, que é arroz de sushi, a proteína, um molho a base de soja e os acompanhamentos”, explica.
Daniel ainda acrescenta cream chesse, chips e nachos. Quem não gosta de comer peixe cru também pode provar o poke. “Pra agradar o paladar de quem não gosta de sashimi, temos grelhados de camarão, salmão e atum, além de frango e uma opção vegana com tofu, proteína de soja e kani”, ressalta o chefe.
Os acompanhamentos são servidos à vontade. Apenas alguns ingredientes especiais são cobrados à parte, como blueberry, castanha do Pará e damasco, entre outros. “Temos mais de 40 acompanhamentos já inclusos no valor inicial e podem ser escolhidos conforme o gosto da pessoa, até que caiba na tigela”, brinca Daniel. Os preços dependem do tamanho escolhido, o tamanho normal entre R$ 9,90 e R$ 18,90, dependendo da proteína escolhida, e o grande de R$ 19,90 a R$ 28,90.
A Benibara Temakeria foi o primeiro estabelecimento de Poços a oferecer o Poke, no ano passado. O prato foi incluído no cardápio, mas até que a comida havaiana fosse oferecida ao público houve todo um processo de conhecimento e construção. A gerente, Marília Patrícia Ramos, conta que o menu foi renovado assim que o estabelecimento mudou de endereço. “Após conhecer outros estabelecimentos no Brasil, pegamos a ideia e fomos em busca do que agradaria o paladar do nosso público. O poke é bem parecido com o que já servíamos, mas com toques diferentes. Pra gente foi bem interessante por atender ao público que não gosta da alga”, acrescenta.
O sushiman Maurício Bailone explica que o prato chegou ao país pelas mãos de Felipe Scarpa, que montou um food truck em um tuk tuk, chamando a atenção de outros empresários na difusão do poke. “O poke brasileiro é considerado um dos (pratos) mais completos e gostosos, por conta da quantidade de coisas, e isso está se espalhando”, relata.
No Benibara a intenção é agradar a todos os gostos. Além do peixe cru, são oferecidas proteínas grelhadas, empanadas, maçaricadas ou marinadas no limão. O prato tem tamanho único, com opção de acrescentar 50% de proteína, que pode ser shimeji, salmão, atum ou camarão. As opções são de arroz, proteína, molho, três acompanhamentos e três coberturas. Os preços variam de R$ 20 a R$ 35.