Até o próximo domingo (5) o Salão Norte do Espaço Cultural da Urca estará tomado por artesãos poços-caldenses, que expõem e vendem seus produtos na feira Poços de Cores. A maioria dos objetos consiste em panos de prato, toalhas e quadros bordados à mão, além de potes decorados, flores, sacolas reutilizáveis e muitos outros. “Muitos artesãos não têm banca nas feirinhas, então eles fazem e não têm onde vender. Esta feira não é para fins lucrativos, é para cada um vender seu produto”, explica uma das organizadoras, Maria Aparecida Garcia.
Trabalhando com artesanato há quase 15 anos, Jéssica Rayane Ivo comenta os benefícios da profissão, que indica para todos. “É uma área muito produtiva, que está crescendo muito. Ela não ajuda só no financeiro, mas no emocional. Faz bem para todo mundo que trabalha com artesanato”.
Jéssica também atua como uma das organizadoras do evento e informa que o principal objetivo é divulgar o trabalho de artesãos da cidade para moradores e turistas e agradar quem busca por trabalhos diferenciados. “Tem bastante artesãos, bastante trabalhos diferenciados, que foi o que a gente buscou. Queremos dar uma oportunidade a quem não tem onde expor sua mercadoria. Essa feira é justamente para isso, para divulgar os trabalhos de quem ainda está sem lugar para expor. Porque tem muitos trabalhos lindos e quando eles [artesãos] estão nessas feiras, eles acabam encontrando contatos de pessoas de fora e começam a vender muito mais, por isso que, cada vez mais, Poços de Caldas tem novos artesãos”, finaliza.
Dedicação
A artesã Márcia Beatriz Malmann trabalha com artesanato há mais de cinco anos. A paixão pela profissão veio de família. Entre seus produtos estão os quadros, que ela faz sozinha, em seu ateliê. “O que demora muito são os quadrinhos bordados, que são todos feitos a mão. Tudo exige muito tempo, mas eu procuro fazer devagar, bem feitinho e depois aparece o diferencial na hora da apresentação do produto”.
Segundo ela, um dos pontos negativos da profissão são os compradores que, por vezes, consideram os produtos caros demais. “Infelizmente só as pessoas que já trabalharam ou já fizeram alguma coisa de artesanato é que realmente dão o devido valor. Muitos acham caro só que, na verdade, eles não têm esse conhecimento de todo material que você usou para fazer e do tempo que você gastou pra confeccionar até chegar no produto pronto. É difícil as pessoas entenderem esse custo, mas acho que a gente como artesão tem que se valorizar e realmente cobrar o valor que acha que é devido”, finaliza.
Serviço:
Poços de Cores
Data: Até domingo (5 de março)
Horário de visitação: quinta, sexta e sábado das 10h às 21h e domingo das 9h às 17h
Local: Salão Norte do Espaço Cultural da Urca
