Pela segunda vez no Flipoços (Festival Literário de Poços de Caldas), o premiado escritor Luiz Ruffato falará sobre escrita no dia 06 de maio de 2017, às 16h, no Teatro da Urca. Durante o evento também será exibido o filme “Redemoinho”, inspirado na obra do autor.
“O Flipoços já é um evento aguardado com ansiedade pelo mundo literário. Todos sabem que vão encontrar uma programação diversificada com o melhor da literatura e não só. Tenho certeza que, como ano a ano, o festival fica mais encorpado, este proporcionará mais surpresas ainda”, destacou Ruffato, sobre a expectativa de retornar a Poços de Caldas para palestra no encontro, onde falará sobre “Escrever no Terceiro Mundo: vantagens e desvantagens”.
A conversa será mediada pelo escritor Tadeu Rodrigues, que vive em Poços de Caldas. Luiz Ruffato adianta quais serão os pontos. “A desvantagem é que escrevemos numa língua desimportante para o mundo e para um mercado inexistente. O Brasil é um país de analfabetos e analfabetos funcionais. A vantagem é que quase tudo está por fazer”, pontuou.
Mesmo assim, ele segue escrevendo e reescrevendo. A série “Inferno Provisório”, originalmente com cinco volumes vai ganhar uma nova edição, em volume único, pela editora Companhia das Letras.
“Estamos muito felizes com o retorno do escritor ao Flipoços. O Luiz Ruffato é um dos principais nomes da nossa literatura, tem muita qualidade na escrita e é um prazer receber também o filme inspirado na obra dele e que acaba de entrar nas salas de cinema do Brasil”, destacou Gisele Ferreira, diretora da GSC Eventos Especiais, empresa que criou e organiza o Flipoços.
Filme Redemoinho
O filme “Redemoinho”, inspirado em dois contos do segundo volume de Inferno Provisório, o Amigos e Demolição de Luiz Ruffato, será exibido no festival dia 02 de maio, 20 horas, como parte da Mostra de Cinema do Flipoços 2017. Mineiro de Cataguases, ele conta que se reconheceu na obra, que teve direção de José Luiz Villamarin e retrata a vida dos personagens na cidade operária.
Na trama, dois amigos se reencontram depois de muitos anos entre as viagens dos trens que cruzam o município mineiro e dividem histórias das próprias vidas horas antes da ceia de Natal, o que desencadeia um clima de tensão do longa metragem que estreou neste mês em salas de cinema do país e venceu, em 2016, o Festival do Rio.
“O diretor [José Luiz Villamarin] foi um dos melhores leitores que tive. Transportou para a tela não só o espírito da história na qual se inspirou para fazer o filme, mas também e principalmente na atmosfera de poesia do meu trabalho”, considerou Ruffato.
*Fonte: GSC Eventos