Quem anda pelas ruas de Poços pode estranhar alguns comentários. “Olha, um Bulbasauro!”, “Eu peguei um Snorlax!”, “Acabei com todas as minhas Pokébolas!”. É que o jogo Pokémon Go mal foi lançado no Brasil – o game foi disponibilizado no final da tarde de ontem (3) – e já virou febre entre os fãs do desenho. Em Poços, não é diferente. O game utiliza da realidade aumentada (técnica que insere elementos virtuais no ambiente físico através da câmera) para espalhar pokémons pela cidade, além de utilizar locais conhecidos de Poços para servir de PokéStop, ou seja, centros onde podem ser coletados itens de valor, como Pokébolas, ovos, entre outros.
Um dos pontos que ficaram movimentados na cidade foi a estátua Antonio Carlos Ribeiro de Andrada. No local, vários jovens fixam o olhar para a tela de seus celulares caçando pokémons pela praça. Miguel Santiago e Gabriel Augusto, ambos com 13 anos, já estão viciados no game. “Só não joguei durante a aula, mas no recreio sim. A escola inteira estava jogando”, conta Miguel, que já tem 35 bichinhos. Seu amigo, Gabriel, tem ainda mais. “Baixei o jogo ontem à noite e já tenho 50 pokémons”.
O amigo deles, Jonas Rabelo, de 12 anos, já tem uma coleção de 216 pokémons em seu celular. “É que ele estava nos Estados Unidos e tem o jogo há mais tempo que a gente”, zombam os amigos, competindo quem tem mais bichinhos.
Ivone Silva, mãe do Pedro, de 10 anos, aprova o jogo. “Finalmente inventaram um jogo que faz as crianças saírem de casa né? Antes ele só ficava na frente do computador ou sentado com o celular na mão. Pelo menos agora ele sai de casa, faz um pouco de exercício, toma um sol”, aprova Ivone.
O movimento nas praças, locais que costumam concentrar monstrinhos e centros Pokémon, aumentou. Antônio Santos costuma vender água e suco na Praça Pedro Sanches, onde também há um PokéStop e vários monstrinhos. “Notei mesmo que a praça está mais movimentada hoje. Não sabia que era por causa desse jogo não, mas estou aproveitando o movimento para vender meus produtos né? Para gente o movimento é sempre bom”, conta o comerciante.