A banda poços-caldense K2 está na Bolívia para uma série de shows nas cidades de Tarija, Potosi e Cochabamba, como parte da programação do festival Grito Rock. O grupo chegou a Tarija na segunda-feira e se apresenta de quinta-feira a sábado.
Os músicos Diego Ávila (baixo), Douglas Maiochi (bateria) e Pedro Cezar (guitarra e vocal) esperam que o idioma não seja uma barreira entre a banda e o público, já que o rock também é um estilo forte na Bolívia. Os shows terão a presença de bandas locais e também da argentina Dissidentes. “Vai ser bem massa conhecer e trocar experiências com músicos de realidades diferentes. Além disso, aqui em Tarija está acontecendo um festival parecido com o nosso Julho Fest, promovido pela Casa de la Cultura de Tarija. Chegamos no aeroporto e fomos a um concerto gratuito com o pessoal da organização. O lance é tentar absorver e entender a cultura e a história daqui, que é muito rica”, conta Pedro.
O Grito Rock Bolívia, assim como acontece em Poços de Caldas, é promovido pelo cenário independente, por meio de um sistema colaborativo. “Sempre foi um desejo tocar nos demais países da América Latina. Essa integração – que ainda é muito tímida, embora as civilizações de nosso continente sejam milenares – precisa ser feita. Sempre sentimos muita falta disso e temos certeza que a música é uma ponte para que isso aconteça. Mas infelizmente nossas rádios e tvs não tocam nem mostram artistas desses países. Preferimos ainda a voz do colonizador. E sabemos que o rock aqui tem muita força, quem sabe a gente não possa se alinhar com essa cena”, conta o guitarrista e vocalista.
