O Festival Literário de Poços de Caldas (Flipoços), que será realizado entre os dias 30 de abril e 8 de maio, deu mais um passo importante para manter a cidade sede do evento no primeiro lugar do ranking de índice de leitura de Minas Gerais. A GSC Eventos Especiais, empresa que criou e organiza o festival, em parceria com a ONG Casa da Árvore, que atua na cidade desde 2015, promovendo a inclusão social através da cultura digital, organizará laboratórios de leitura, de criação de texto e de atualização de ensino. Os alvos são os estudantes e professores de Poços de Caldas. Os laboratórios são gratuitos.
As atividades serão realizadas em abril, mês que antecede o Flipoços, e durante o mesmo, na BiblioArte Digital, espaço criado recentemente na Biblioteca Municipal Centenário, na Urca, visando o desenvolvimento de projetos de incentivo à leitura e formação de novos leitores. Segundo Gisele Ferreira, curadora do Flipoços e diretora da GSC, o objetivo desses laboratórios é oferecer novas ferramentas, como a internet e suas crias, caso das mídias sociais, para aproximar mais as pessoas do universo literário. “Hoje em dia, a literatura não se resume apenas aos livros impressos. As tecnologias digitais ocupam cada vez mais espaço na vida das pessoas, principalmente dos jovens. A intenção, portanto, é colocar esses novos mecanismos a serviço da leitura e da escrita”, diz ela. “Com essa aproximação entre novas ferramentas e pessoas, podemos, inclusive, formar leitores mais críticos e apaixonados”.
Um desses laboratórios é o Lab Cidade Literária, que reunirá estudantes entre 14 e 18 anos. Esses jovens se encontrarão aos sábados de abril, entre 14h00 e 17h00, quando haverá uma oficina de criação de texto coletivo. Eles contarão com o suporte do professor Hugo Pontes, colaborador do Flipoços. Pontes ajudará, por exemplo, nas pesquisas sobre determinado tema, além de passar informações relacionadas a obras e autores.
Os estudantes estarão, ainda, em permanente contato através de uma rede social de leitura, que permitirá com que troquem experiências sobre livros. Esse mecanismo também é uma oportunidade para se descobrir as diferentes manifestações artísticas que se desenvolvem em todos os cantos da cidade. De acordo com Aluísio Cavalcante, coordenador da Casa da Árvores, a partir desse exercício de criação coletiva, usando a internet, será elaborada uma obra aberta, que é outra forma de fazer boa literatura. “Existe uma poética latente na relação das pessoas com a cidade. É essa relação que tentaremos expressar a partir desse exercício estético e tecnológico de construir colaborativamente uma obra aberta”, diz ele.
Reciclagem de educadores
O outro laboratório, o LAB Rede de Leitores, que será realizado nos dias 7 e 8 de maio, entre 9h00 e 12h00, durante o Flipoços, é voltado para professores, mediadores de leitura, bibliotecários e educadores. Tem por objetivo ajudar esses profissionais a modernizarem suas práticas pedagógicas literárias. A ideia é que eles passem a usar ferramentas virtuais como o WhatsApp, Youtube e Facebook, tão comuns aos jovens, no processo de ensino da literatura.
As inscrições para participar dos laboratórios poderão ser feitas a partir do dia 21 de março por e-mail, na Biblioteca Centenário (Espaço Cultural da Urca) ou pelo Facebook. As vagas são limitadas: 20 pessoas para cada laboratório. Mais informações: 35-3697-1551 ou pelo e-mail.
Fonte: Flipoços