Quem chega na Casa J. Borges logo vê um retrato do Barão do Rio Branco, original de 1915. O quadro era um brinde, oferecido aos clientes que quitavam as contas anuais. Atualmente no Mercado Municipal, a loja é uma das mais tradicionais de Poços de Caldas.
Os fregueses também se deparam com sabores e cheiros típicos de Minas Gerais. O doce de abóbora com coco, imponente, fica em destaque. Mas também são oferecidos o manjar, a cocada, o pingo de leite, o doce de leite e outros doces. Todos com apenas 18% de açúcar.
Para acompanhar os doces, nada melhor do que um queijo minas. Mas se o cliente quiser outro queijo, vários tipos estão à disposição: canastra, fresco, prato, cabaça, nozinho, palitinho e parmesão.
Entre os fregueses está a aposentada Lourdes Mendonça. Ela não come doces, mas faz questão de comprar para os netos. Cozinheira de mão cheia, ainda leva os temperos e especiarias vendidos na loja. “Na minha cozinha não pode faltar orégano e pimenta do reino, por isso sempre compro aqui. Também compro toda semana os queijos e doces, senão a criançada reclama”, conta aos risos.
História
A Casa J. Borges foi fundada na década de 1910 pelos irmãos José Borges Teixeira e Joaquim Borges Teixeira. Na época, ficava na Rua Assis Figueiredo, em frente ao mercado velho, e vendia “secos e molhados”.
A tradição passou para as gerações seguintes e se mantém viva. A família abriu mercearias nos mercados antigo e novo e em mais de cem anos acumulou experiência e tradição no comércio poços-caldense.
Em 2007, Paulo Borges, neto de José Borges, se juntou aos filhos Gustavo e Juliano para fundar a Casa J. Borges. O nome é uma homenagem ao primeiro comerciante da família.
Com experiência no sangue e no dia a dia, Paulo conta que sabe o que é mais importante para seguir com sucesso no comércio. “Nós temos prazer em trabalhar. Com produtos de qualidade e atendimento agradável, conquistamos os clientes”.