Artistas, o prefeito Eloísio Lourenço e membros do Executivo entregaram aos vereadores os projetos de lei que criam o Sistema Municipal de Cultura (SMC) e a Secretaria Municipal de Cultura, durante a sessão da Câmara Municipal desta terça-feira (21).
O grupo se encontrou em frente à Prefeitura, de onde partiu para a entrega dos documentos. O presidente da Câmara, Paulo Tadeu (PT), acredita que as leis têm grandes chances de aprovação pelos vereadores. ” É o momento de um longo debate, uma reflexão por parte dos vereadores. Mas eu entendo que há uma perspectiva muito positiva, há acessibilidade por parte dos vereadores no sentido de dotar Poços de Calas não apenas de uma secretaria, mas de uma política estratégica na área de cultura. A secretaria propicia essa perspectiva, essa possibilidade”, comentou.
Os projetos
Os projetos foram entregues por Dona Orlanda Conceição e Amadeu Ferreira, representantes da congada e da catira, respectivamente. O SMC, integrado ao Sistema Nacional de Cultura, propõe uma maior participação da classe artística nas decisões relativas à cultura, por meio da realização de consultas públicas como conferências e fóruns. Além disso, a Lei Municipal de Incentivo à Cultura teria mudanças para aumentar o potencial de captação de recursos.
A criação da secretaria também é importante para que os projetos culturais tenham autonomia, já que atualmente o Departamento de Cultura é vinculado à Secretaria de Turismo. “São projetos que foram construídos coletivamente, são anseios e demandas da classe artística de anos atrás. É uma rede integrada de recursos públicos muito significativa para avançarmos no orçamento e em todo o processo cultural de Poços de Caldas. Esperamos que nossos vereadores olhem com carinho e aprovem esses projetos que garantem autonomia financeira e institucional para a cultura”, informou o diretor municipal de Cultura, João Alexandre Moura.
Para os artistas, a perspectiva é de grandes avanços na gestão cultural do município. o músico Tokinho Carvalho está otimista. “É um momento histórico para a cidade, porque a cultura sempre dependeu de outras pastas para poder sobreviver. É essencial que isso aconteça para que a cultura possa andar sem mancar e sem muleta”, disse.