Antes de seguir para a Missa Conga, a doméstica Maria Luíza Monteiro passou pelo altar de São Benedito para agradecer pelas graças alcançadas. Ela é devota desde criança. “Passei alguns pedaços muito difíceis de minha vida. Atravessei essas barreiras através de Deus, Nossa Senhora e São Benedito. Sou muito devota”.
Assim como ela, centenas de fiéis acompanharam a missa que reúne o catolicismo com a cultura africana, na manhã desta terça-feira. A celebração foi ministrada pelo bispo Dom José Lanza e pelo padre Ronaldo Melo, no pátio da Igreja de São Benedito.
Cinco ternos de congo e dois grupos de caiapós participaram. Há 45 anos, o rei do congo é o mesmo: Luís Siqueira, 78. “É o dia que estou mais feliz da minha vida, o 13 de maio. É muito especial. Nunca perdi uma Missa Conga nesses 73 anos de congada”, contou.
Os batuques das congadas podiam ser ouvidos de longe, assim como as canções em homenagem ao ‘santo cozinheiro’. “Para nós, que somos afrodescendentes, ele é um tipo de rei. É a cara do nosso povo. Festejar São Benedito quer dizer exaltar aquele que dá exemplo de libertação para nós”, explicou o padre Ronaldo Melo.