O Instituto Moreira Salles abre três exposições no próximo sábado (22), às 20h. Os interessados podem conferir obras de desenho e fotografia. O IMS fica na Rua Teresópolis, 90, Jardim dos Estados. A entrada é gratuita.
Conheça os artistas:
André Prado
A exposição “André Prado – Uma iniciação ao desenho” ocorre no Chalé Cristiano Osório. A mostra apresenta o desenho como o elemento inicial para o processo de criação das artes visuais, em todos os seus campos, contemplando desde manifestações artísticas tradicionais como a pintura e escultura até as formas contemporâneas de expressão, como a instalação e a performance. Nas obras apresentadas André Prado não utiliza os meios tradicionais de produção, como lápis, pena e pincel. Sua ferramenta principal é a têmpera de ovo, pigmento comumente usado como médium para a pintura, que afrouxa os limites com o desenho ao criar uma situação de ambigüidade entre eles.
O desenhista iniciou nas artes pelo Teatro, atividade que manteve por cerca de 15 anos, desde a adolescência. Fez diversos cursos e oficinas em Artes Cênicas e manteve contato com os grupos teatrais da cidade até recentemente. Há cerca de três anos, distanciou-se do palco para priorizar uma atividade que até então era mantida paralelamente: o desenho.
Cristiano Mascaro
A mostra”São Paulo Contemporânea”, de Cristiano machado, traz 76 imagens da cidade de São Paulo produzidas em 2003. O trabalho fotográfico de Mascaro é pautado por dois elementos antagônicos: luz e sombra. Com a separação e união desses dois elementos, o fotógrafo traz à tona a monumentalidade das edificações, a precariedade das habitações suburbanas e os contrastes de diferentes naturezas que são percebidos e adquirem expressão.
Cristiano é formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e iniciou sua carreira como repórter fotográfico da revista Veja onde realizou inúmeras reportagens no Brasil e no exterior. Foi professor de fotojornalismo na Enfoco-Escola de Fotografia e de comunicação visual na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos. Entre 1974 e 1988 dirigiu o Laboratório de Recursos Audio Visuais da FAUUSP.Já realizou diversas exposições no Brasil e no exterior e tem trabalhos publicados na imprensa e em forma de livro.
Suas fotografias fazem parte de coleções particulares, de instituições culturais e de museus como IMS, Pinacoteca, MAM Centre d’Art et de Culture Georges Pompidou; Bibliothèque Nationale de Paris; International Museum of Photography at George Eastman House entre outros.
Marc Ferrez
A exposição “Marc Ferrez – mestre da fotografia do século XIX” tem 75 obras do fotógrafo. A seleção de imagens foi orientada por decisões curatoriais alicerçadas no estudo aprofundado do acervo do artista, pertencente ao IMS desde 1998.
Marc Ferrez (1843-1923) foi o mais importante fotógrafo brasileiro do século XIX. Cerca de metade da sua produção fotográfica foi realizada na cidade do Rio de Janeiro e no seu entorno. A outra parte nas diversas regiões do Brasil que percorreu regularmente em diversos trabalhos comissionados, seja como fotógrafo da Comissão Geológica do Império em meados dos anos 1870, ou como principal fotógrafo das construções ferroviárias no Brasil, particularmente nos anos de 1880 e 1890, o que possibilitou que configurasse um grande panorama da paisagem brasileira do período.
Além disso, Marc Ferrez dedicou-se permanentemente à inovação tecnológica, como fotógrafo da Marinha Imperial, quando realiza extenso trabalho de documentação de navios lidando com as dificuldades técnicas daquela época associadas a este tipo de fotografia realizada no mar. Ampliou também as possibilidades da fotografia de paisagem, pelo aperfeiçoamento de equipamento de fotografia panorâmica de varredura, a câmera Brandon, que lhe permitiu ser o único fotógrafo a partir de 1881 a realizar este tipo de registro em grande formato no Brasil, culminando posteriormente com seus trabalhos magistrais de fotografia de arquitetura realizados durante a construção da Avenida Central no Rio de Janeiro. Além disso, envolveu-se com a introdução do cinema e da fotografia estereoscópica em cores no Brasil no início do século XX.
Fonte: Instituto Moreira Salles