O Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IF Sul de Minas) e a Universidade Federal de Alfenas (Unifal), ambos com unidades em Poços de Caldas, emitiram notas oficiais para criticar o bloqueio de verba para a educação superior feito pelo governo Bolsonaro (PL) através do Decreto Nº 11.216, de 30 de setembro de 2022. As instituições pontuam que haverá comprometimento e inviabilização dos trabalhos.
O atual bloqueio representa mais R$ 1,8 milhão para o IF Sul de Minas e mais de R$ 1,6 milhão para a Unifal. “Com o novo bloqueio, é inevitável o comprometimento, de forma determinante, das ações que tanto sustentam a formação de excelência de nosso estudante, como atividades de pesquisa, extensão, inovação, infraestrutura e manutenção de nossas unidades. Como sempre, as ações e programas voltadas à permanência e êxito dos estudantes são colocadas como prioridades. Nosso compromisso institucional, em respeito à educação, nos guia para assegurar e manter as atividades de ensino, ainda que limitadas pelas questões acima apresentadas”, pontua a nota do If Sul de Minas.
O reitor da Unifal, Sandro Amadeu Cerveira, afirma que “todo esforço que foi feito pela instituição no sentido de racionalizar, organizar e minimizar os gastos para que a Universidade pudesse ter um mínimo de condições de funcionamento pleno agora são jogados por água abaixo com esta notícia”.
De acordo com o governo federal, os valores serão descontingenciados no dia 1º de dezembro deste ano, mas ainda não há nenhuma garantia do desbloqueio. Ao todo, o corte representa R$ 2,4 bilhões do Ministério da Educação (MEC).
O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Ricardo Marcelo Fonseca, relatou que o bloqueio “não vai cortar gordura nem carne, vai cortar no osso”. Ele ainda complementou: “As universidades ficam inviabilizadas com esse contingenciamento”.
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