
Cássio de Souza Ribeiro será julgado pelo Tribunal do Júri pela morte da poços-caldense Daniele Aparecida Capelari Plachi, ocorrida em novembro de 2016. A sessão está marcada para esta quarta-feira (2) às 8h30, no fórum de Campestre.
O crime ocorreu em 20 de novembro de 2016, na cachoeira do rio Pardo, em Bandeira do Sul (MG).
Conforme a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Cássio convidou Daniele para visitar a cachoeira, local com correnteza forte devido às chuvas recentes na época. Testemunhas relataram que a vítima não gostava de água, não sabia nadar e tinha medo de cachoeiras.
No local, após uma possível discussão, Cássio teria empurrado Daniele violentamente em direção à correnteza, causando seu afogamento.
O acusado alegou que a vítima escorregou acidentalmente enquanto brincavam, mas a perícia e os depoimentos contradizem sua versão.
Cássio vai responder diante dos jurados por homicídio qualificado, por motivo torpe, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.
Contradições
Estado das roupas e objetos: Testemunhas, incluindo policiais e bombeiros, afirmaram que Cássio não estava encharcado ou com marcas de queda, mesmo após supostamente ter ficado submerso. Seus óculos e o celular da vítima, que ele alegou ter caído na água, não apresentavam sinais de imersão.
Comportamento da vítima: Amigos e familiares de Daniele disseram que ela evitava cachoeiras e que Cássio tinha histórico de ciúmes e agressividade. Uma carta anônima recebida pela irmã da vítima pedia investigação sobre violência prévia.
Versões inconsistentes: Cássio deu narrativas conflitantes sobre o ocorrido, incluindo mudanças sobre como Daniele teria caído.