
As belezas do céu não tiram férias em julho!
O mês de julho promete um espetáculo celeste para os apaixonados por astronomia. O céu noturno trará uma rara conjunção entre planetas gigantes, diversas chuvas de meteoros. E ainda uma superlua e encontros fascinantes do nosso satélite natural com estrelas e aglomerados. A região do centro da Via Láctea também estará visível durante toda a noite, revelando as coloridas joias que ornamentam o céu de inverno.
Entre os destaques, está a conjunção entre Vênus e Urano, visível dia 4 de julho com o auxílio de binóculos ou pequenos telescópios. No mesmo dia, a Lua estará no apogeu, seu ponto mais distante da Terra, a 404.626 km de distância.
Já em 10 de julho, o céu será iluminado por uma superlua, quando o satélite natural estará mais próximo da Terra e parecerá maior e mais brilhante. E dia 14, Saturno entra em seu movimento estacionário, parecendo imóvel entre as estrelas.
Chuvas de meteoros aquecem o céu de inverno
Julho será marcado também por uma sequência de chuvas de meteoros:
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Dracônidas de julho: com pico em 28 de julho, pode surpreender com uma possível explosão de atividade, superando os habituais 5 meteoros por hora.
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Piscis Austrinídeos: também em 28 de julho, com taxa média de 5 meteoros por hora, radiante na constelação de Piscis Austrinus.
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Delta Aquarídeos do Sul: terá pico em 31 de julho, com até 25 meteoros por hora, sendo uma das melhores do mês no Hemisfério Sul. A observação será favorecida pela Lua crescente, que se põe no início da noite.
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Alfa Capricórnidas: ocorre na mesma noite dos Delta Aquarídeos, com taxa mais modesta (5 meteoros por hora), mas com meteoros brilhantes.
Outros eventos celestes do mês
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3 de julho – Afélio da Terra: o planeta atinge seu ponto mais distante do Sol, a 152 milhões de km.
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Ao longo do mês – A Lua fará aproximações com diversos objetos celestes, incluindo as estrelas Garafsa, Nashira e Yen, além do aglomerado estelar M6, na constelação de Escorpião.
Julho será um mês especial para observadores do céu, amadores ou experientes. Com paciência, céu limpo e um bom local de observação, será possível acompanhar fenômenos raros e espetaculares — sem sair do quintal.