Dario José de Almeida Júnior, de 28 anos, responsável por matar a esposa Anelise de Carvalho Gomes, de 26 anos, e manter em cativeiro a sobrinha da vítima, uma menina de oito anos, será indiciado por feminicídio, extorsão qualificada mediante sequestro e tentativa de homicídio contra policiais militares.

No mesmo dia, o juiz Flávio Branquinho da Costa Dias, da Vara Criminal de Guaxupé, converteu a prisão em flagrante em preventiva. O magistrado destacou a “alta periculosidade” de Dario, citando a frieza com que ele agiu após assassinar a esposa e sequestrar a criança. Além disso, o documento judicial menciona a suspeita de que ele teria abusado sexualmente da menina. O acusado foi levado para o presídio de Guaranésia (MG).
Crime começou com discussão
Tudo começou por volta das 7h30 de sábado, quando Dario e Anelise discutiram dentro de casa. Durante a briga, ele sacou uma arma e atirou na esposa. A menina, que já estava no local, tornou-se refém. Vizinhos, ao ouvirem os disparos, acionaram a Polícia Militar. No entanto, ao chegarem, os agentes foram recebidos a tiros por Dario, que atingiu uma das viaturas.
Negociação
A área foi isolada e os policiais tentaram negociar a liberação da criança. Como o acusado permanecia agressivo foi solicitado o apoio do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), de Belo Horizonte. Às 13h, uma equipe especializada chegou ao local e assumiu as negociações. Dario, que estava extremamente nervoso, exigia R$ 13 mil de resgate – quantia que, segundo ele, deveria ser entregue à sua ex-mulher. Além disso, queria que familiares de Anelise comparecessem à casa.
Menina é libertada
Depois de dez horas de tensão, por volta das 18h, Dario libertou a criança, que foi levada para a Santa Casa de Guaxupé. De acordo com a PM, ele a alimentou durante o cativeiro e os exames médicos confirmaram que ela não sofreu lesões físicas. Pouco depois, o acusado se rendeu. No entanto, ao entrar na residência, a polícia encontrou o corpo de Anelise sobre um colchão, na sala.