Em Poços de Caldas, cenas frequentes de macacos vasculhando lixeiras nas ruas próximas à mata têm chamado a atenção de moradores e protetores. Os animais, vindos da serra São Domingos, descem cada vez com mais frequência para buscar alimentos descartados, principalmente em bairros próximos às áreas verdes.
A presença dos animais nas ruas urbanas não é novidade, mas tem se intensificado nos últimos tempos. Além do risco aos próprios animais, o cenário representa também um alerta sanitário e de segurança viária.
A situação vai ao encontro de outro probema, também recorrente: os atropelamentos. A última ocorrência desse tipo foi na estrada do Bianucci, uma das vias mais movimentadas da zona leste, que corta áreas de mata nativa.
Requerimento
O tema foi levado à Câmara Municipal por meio da Ouvidoria e se transformou em Requerimento do vereador Flávio Togni de Lima e Silva (MDB). O parlamentar questionou o Executivo sobre medidas adotadas para entender e conter os atropelamentos de animais silvestres, em especial de macacos.
Em resposta, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente informou que está iniciando um estudo técnico sobre o impacto do tráfego urbano na fauna silvestre. Com foco na identificação das espécies mais afetadas e nos fatores que influenciam sua migração e comportamento. Como a busca por alimento e a fragmentação dos habitats.
De acordo com a pasta, o levantamento será feito em parceria com a Secretaria de Segurança Pública e Mobilidade Urbana, o Grupo de Estudos de Animais Silvestres (GEAS) da PUC Minas, campus Poços, e o Conselho Municipal de Defesa Animal (Comvida). O estudo visa mapear as regiões de maior incidência de acidentes, analisar a sazonalidade e propor soluções específicas para cada espécie e localidade.