Nesta quinta-feira (26), um júri popular em Poços de Caldas (MG) analisa o caso do réu Benedito Junio Bernardes de Araújo, acusado de tentativa de homicídio qualificado. O crime ocorreu em 17 de janeiro de 2015.
De acordo com a acusação, por volta das 5h30 daquele dia, Benedito atacou o dono de um estabelecimento comercial com uma garrafa quebrada. A vítima sobreviveu graças ao socorro imediato e intervenção de terceiros, mas o ataque teria sido tão violento que a justiça entendeu haver dolo de matar, ou seja, intenção de tirar a vida da vítima.
A denúncia afirma que o crime teve motivo fútil, já que a briga teria começado após uma discussão sobre um violão que a vítima acreditava ter sido roubado por Benedito.
Caberá aos jurados avaliar as provas e definir se o réu agiu com intenção de matar ou se reagiu a uma agressão.
O julgamento é presidido pelo juiz Tarcísio Marques. Se condenado, o réu pode pegar até 20 anos de prisão. O veredito deve sair ainda nesta quinta-feira.
Por fim, vale lembrar que a vítima do crime faleceu durante a tramitação do processo.
A defesa apresenta outra versão
Por outro lado, a defesa de Benedito argumenta que ele agiu em legítima defesa. Segundo seus advogados, o comerciante o provocou e chamou outras pessoas para agredi-lo antes do confronto. Testemunhas, confirmaram que a vítima teria humilhado e agredido o acusado antes do ataque.
Além disso, imagens de câmeras de segurança mostram Benedito com um violão nas costas do lado de fora do bar, gesticulando antes do ataque. Quando a vítima sai do estabelecimento, Benedito o ataca sem que haja troca de golpes. O que, para a acusação, desmente a tese de legítima defesa.