Você tem o hábito de fazer as famosas horas extras no trabalho? 77% dos profissionais brasileiros também. A descoberta é da Conquer Business School. Escola de negócios que, no último mês, buscou entender como anda a auto-organização e gestão do tempo nas empresas de diferentes regiões. Entre as ferramentas e obstáculos que impedem mais produtividade nas equipes.
Na busca por bater as metas e não deixar as tarefas acumularem, segundo a especialista, as experiências dos entrevistados revelam dois tipos de relação com produzir além do expediente. A mais comum, compartilhada por quem faz horas extras sempre que necessário, mas prefere não precisar (51,4%). E aqueles que excedem as horas trabalhadas constantemente, admitindo não se incomodar (25,2%).
Entre as estratégias adotadas para uma rotina de trabalho mais produtiva, o estudo descobriu que, em 2025, 83% das pessoas vêm recorrendo a ferramentas e métodos específicos. Entre os quais se destacariam o Notion e Trello, conhecidos por organizarem visualmente tarefas e projetos. Bem como o ChatGPT, cujos diversos usos têm o tornado um aliado na luta contra a procrastinação e o excesso de demandas.
Redes sociais, o vilão número um da produtividade
Reuniões extensas e excessivas, interrupções frequentes, ambiente corporativo desorganizado. Em meio a tantos desafios a serem driblados profissionalmente, algo que o estudo da Conquer evidencia é o quão comuns são certas dificuldades para gerir o próprio tempo nas empresas. Problemas que, hoje, tendem a se refletir em quedas nos índices de produtividade dentro dos mais diversos setores.
Ao serem questionados sobre sua relação com as atividades de trabalho, por exemplo, 35% dos entrevistados pela escola de negócios foram enfáticos, ressaltando dois desafios específicos ao priorizar e executar tarefas. A sobrecarga e a dificuldade de cumpri-las dentro do prazo, questões que os fazem encerrar constantemente. E o expediente com a sensação de cansaço (50,8%), ansiedade e preocupação (10%) ou estresse (8,2%).
No dia a dia profissional, contribuem para a falta de organização problemas internos e externos. Que impedem os colaboradores de alcançarem os resultados de forma eficaz.
Quando o assunto é manter uma rotina de trabalho produtiva, segundo os respondentes, o principal impeditivo tem sido a prática de conferir a internet e redes sociais (36,2%). Muitas vezes ligadas à busca por prazer imediato, bem como a sensação de recompensa sem esforço, por meio de cliques, curtidas e rolagens contínuas pelo feed. O que os especialistas chamam de “dopamina barata”, com efeitos prejudiciais à saúde física e mental.
Excesso de demandas
Não só ela, aliás. Entre fatores como interrupções frequentes por parte do líder e colegas, excesso de demandas e o desânimo, o que não faltam, atualmente, são “vilões” para um trabalho mais produtivo. Culminando em um hábito natural para a maioria dos respondentes: o de fazer as famosas horas extras quando poderiam estar descansando.
Prazos realistas e bem definidos (34,2%), reuniões objetivas (26,8%) são apenas algumas das mudanças desejadas pelos brasileiros. E, ainda, treinamentos e cursos sobre gestão do tempo (25,6%). Para os quais, hoje, ter uma rotina sem interrupções ou distrações (58,4%) é o que garantiria mais resultados. E, possivelmente, muito mais satisfação.