
Em assembleia realizada nesta quinta-feira (22), os professores das escolas particulares de
Poços de Caldas deliberaram por entrar em estado de greve. Esse é um indicativo da categoria aos donos de escola de que, se não houver avanço nas negociações e nada melhorar, os professores podem paralisar o trabalho a qualquer momento.
“Nosso sentimento é de indignação. O sindicato patronal não oferece um reajuste que seja
digno e compatível com as nossas perdas salariais. São anos de defasagem e sem aumento
real”, afirmou a presidente do Sinpro Minas Valéria Morato. “Como as negociações não
avançam e nenhuma outra proposta foi feita pelo patronal à categoria, vamos mostrar que
temos disposição para lutar por nossos direitos.”
Para a diretora Rozana Faro, a situação é revoltante. “Os professores se recusam a aceitar uma proposta que não reconhece o verdadeiro valor do seu trabalho. Inclusive sobre cláusulas que sequer tem impacto financeiro para as escolas. Por isso continuam lutando pelos seus direitos.”
Defasagem
Para Valéria, a defasagem salarial é revoltante. A inflação acumulada (2020 a 2025), segundo o IBGE, chega a 40,5%. Enquanto as mensalidades no mesmo período subiram 80,85%, o reajuste salarial ficou em 25,36%.
Aulão aberto
Um aulão aberto à comunidade sobre valorização do professor acontecerá na próxima
quarta-feira (28), às 18h, no coreto da praça Pedro Sanches, centro de Poços. Outras atividades terão definições no decorrer dos próximos dias.