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Poços de Caldas

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Projetos sociais, mão de obra, indústria bélica: Viridis responde questionamentos e apresenta projeto

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Viridis Mineração
Apresentação do Projeto Colossus aconteceu na segunda-feira (fotos: Juliano Borges/Poços Já)

A Viridis Mineração realizou uma apresentação do Projeto Colossus, para a imprensa de Poços de Caldas, na tarde de segunda-feira (28). O Poços Já aproveitou para esclarecer questões como a contratação de mão de obra local e a destinação dos produtos retirados das terras raras.

A empresa já respondeu a diversos questionamentos durante a audiência pública que ocorreu na Câmara Municipal. O evento teve a presença de militantes, ativistas e cientistas das áreas ambiental e social (leia a reportagem neste link).

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Mão de obra

A mineração vai começar entre 2027 e 2028. De acordo com a empresa, os mil trabalhadores devem ser da zona sul de Poços de Caldas. Pelo menos, a tentativa e a promessa estão neste sentido.

Inclusive, esta é uma exigência do Governo de Minas Gerais e está prevista no protocolo de intenções para que a Viridis fique isenta de ICMS até o início da produção.

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Para conseguir o máximo de mão de obra local, a multinacional começou um processo de capacitação. O primeiro passo foi o curso “Trilhas de Mineração”, que recebeu 30 alunos, prioritariamente da zona sul, para uma introdução às atividades das mineradoras. O curso ocorreu de novembro a janeiro, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

Agora, a meta é a criação de um curso técnico de mineração. “Já conversamos com o IF e com a Unifal para utilizar as estrtuturas deles. Além disso, temos conversado com a comunidade para mapear quais capacitações eles têm interesse”, informou Karla Brandão, gerente de sustentabilidade da Viridis.

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A Viridis também promete incentivar capaticações em outras áreas, no intuito de criar profissionais que não sejam dependentes da mineração. Uma demanda já identificada é o curso técnico em veterinária, por exemplo.

A gerente de sustentabilidade também reconhece que podem haver alguns obstáculos para que os trabalhadores façam os cursos necessários. Por isso, a Viridis afirma que vai viabilizar o transporte e a estrutura necessária, como creche para filhos dos estudantes e até mesmo bolsas de estudo.

Projetos sociais

Recentemente, a Viridis colaborou com cerca de 15 projetos e instituições sociais poços-caldenses, como Lar Filhos da Benção e Associação dos Deficientes Físicos de Poços de Caldas (Adefip).

A tendência é que o apoio aos projetos sociais aumente à medida que iniciar a mineração. Projetos sociais interessados podem enviar propostas clicando aqui.

Armas e transição energética

Viridis
Mineradora coletou amostras do solo

A Viridis divulga amplamente a destinação principal dos produtos das terras raras, a transição energética. Porém, há também outro setor que precisa destes mesmos elementos, a indústria bélica.

Funciona assim: as terras raras reúnem 17 elementos, sendo quatro magnéticos (praseodímio, térbio, neodímio e disprósio). Estes últimos são fundamentais para a produção de equipamentos eletrônicos, como celulares, carros e TVs. Além disso, são importantes para o processo de transição energética, por meio da construção de ímãs. São minerais que tornam os motores mais leves e os geradores de energia mais potentes.

Por outro lado, também são fundamentais para a fabricação de armas de alta tecnologia. Durante a audiência pública na Câmara Municipal, Daniel Tygel, representante da Aliança em prol da APA da Pedra Branca, solicitou que a empresa se comprometa oficialmente a não exportar estes produtos para a produção de armas.

Porém, a Viridis alega que este tipo de controle não é possível. “Se houver um jeito de controlar isso um pouco, é colocar toda a cadeia aqui (em Poços de Caldas), porque você pode escolher os clientes. Enquanto está vendendo a matéria-prima para ser processada, não tem o controle”, disse Klaus Petersen, gerente da Viridis no Brasil.

Para retirar a argila, ocorrem perfurações de cerca de 22 metros de profundidade, chegando a no máximo 40. Peterson explica que, inicialmente, a unidade local estará apta somente a retirar os minerais do solo poços-caldense.

Ele informa que, a cada tonelada de argila, cerca dois quilos e meio são utilizados e o restante retorna para a terra. Já o processo de beneficiamento, que separa os elementos das terras raras, inicialmente não será feito pela Viridis.

O objetivo final do projeto é a instalação de toda a cadeia produtiva em Poços de Caldas, inclusive com a reciclagem dos materiais. Klaus ainda acredita que, assim, a produção local poderia ser um exemplo mundial, com padrões de governança e sustentabilidade melhores que os do mercado atual, dominado pela China. “Mostrar para o mundo todo que dá para fazer da maneira correta”, declarou o gerente nacional.

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