
Foi protocolado na Câmara Municipal de Poços de Caldas, nesta segunda-feira (14), o Requerimento nº 1152/2025, solicitando a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar possíveis irregularidades nos serviços prestados pela Funerária Municipal. A iniciativa é de autoria do vereador Diney Lenon e conta também com a assinatura de Meiriele Maximino (União), Rovilson Gouvea (PRD), Tiago Mafra (PT), Tiago Braz (Rede), Flávio de Lima e Silva (MDB) e Marcus Togni (Republicanos)
O pedido tem como base denúncias que envolvem desde o suposto desvio de recursos públicos até a prática de tanatopraxia sem consentimento ou necessidade. Entre os fatos elencados no requerimento estão ainda indícios de corrupção ativa e passiva, formação de esquema entre agente público e o setor privado, vilipêndio de cadáver, além do descumprimento de contratos e conduta incompatível por parte de servidores públicos.
O documento relata que agentes públicos teriam coagido famílias a contratar serviços como a tanatopraxia, por meio de ameaças veladas. Segundo as denúncias, esses agentes também teriam recebido comissões em negociações com funerárias particulares. Em um dos casos, ao ameaçar denunciar a prática às autoridades, a família conseguiu o cancelamento imediato do procedimento. O que aumentou ainda mais as suspeitas sobre as irregularidades.
A proposta solicita que a CPI tenha prazo de funcionamento de 180 dias, podendo ser prorrogado conforme o regimento interno da Casa. O objetivo da comissão será verificar a veracidade das denúncias, analisar contratos vigentes e ouvir os envolvidos para esclarecer os fatos.
A possível instalação da CPI terá análise pelo plenário da Câmara. A expectativa é que a investigação traga respostas à população e responsabilize eventuais culpados, caso as irregularidades tenham confirmação.