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Poços de Caldas

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Orquestra de Berimbau une tradição e inovação em Poços

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Orquestra de Berimbau une tradição e inovação em Poços
Orquestra Berimbauê

A musicalidade da capoeira ganhou novos horizontes em Poços de Caldas com a Orquestra Berimbauê, projeto que transcende o universo das rodas e incorpora o berimbau como um instrumento de ensino e expressão cultural. Criada pelo mestre de capoeira Luiz Henrique de Souza, a iniciativa alia a tradição da capoeira Angola à educação musical, permitindo que crianças e jovens explorem ritmos diversos, desde as ladainhas tradicionais até clássicos da MPB.

Com quase 50 anos de trajetória na capoeira, Luiz Henrique iniciou sua caminhada em 1975 no Chico Rey Clube, sob a orientação do mestre Cidão. Sua vivência e aprendizado o levaram a Salvador, berço da capoeira, onde aprofundou seus conhecimentos e passou a integrar a Associação de Capoeira Angola Navio Negreiro. De volta a Poços de Caldas, ele trouxe consigo não apenas os fundamentos históricos e filosóficos desta arte, mas também uma visão inovadora sobre o ensino do berimbau.

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Berimbauê

A orquestra surgiu de maneira espontânea, quando uma aluna manifestou interesse em aprender a tocar o berimbau. O desejo rapidamente se espalhou entre outras crianças, incentivando Luiz Henrique a ampliar o projeto. Hoje, o grupo não apenas toca músicas tradicionais da capoeira, mas também adapta composições de artistas consagrados como Belchior, Tom Jobim e Chitãozinho & Xororó. Essa abordagem permite que os alunos desenvolvam habilidades musicais e históricas, ao mesmo tempo em que aprimoram sua interpretação e compreensão textual.

Além do aprendizado rítmico, a Orquestra Berimbauê se destaca por seu caráter educativo. As músicas são analisadas em seu contexto histórico e linguístico, promovendo uma experiência de ensino lúdica e enriquecedora. “O projeto vai muito além do som do berimbau e do pandeiro. Ele trabalha a leitura, a compreensão do significado das músicas e a importância da oralidade na cultura popular”, ressalta Luiz Henrique.

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Desafios

O capoeirista conta que os desafios da Orquestra de Berimbau envolvem reconhecimento, infraestrutura, educação e continuidade. “A capoeira ainda enfrenta preconceitos e falta de valorização como ferramenta educacional e cultural e o berimbau, muitas vezes é visto apenas como um instrumento de capoeira, não como um elemento musical versátil. Além disso, há dificuldades estruturais, como a necessidade de mais instrumentos para atender a demanda crescente de crianças e jovens interessados, espaços adequados para ensaios e apresentações. Além de apoio financeiro para manutenção e expansão do projeto”, complementa ele.

No aspecto educacional, continua Luiz Henrique, um dos desafios é sensibilizar alunos, pais e professores sobre o valor pedagógico da orquestra. Além de trabalhar a leitura musical, a interpretação e a conexão histórica das músicas escolhidas. “Para garantir a continuidade do projeto, é essencial manter o envolvimento e a motivação das crianças ao longo do tempo, além de criar oportunidades para apresentações e parcerias com outras iniciativas culturais”.

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Proposta inovadora

Com essa proposta inovadora, a orquestra não apenas preserva a tradição da capoeira, mas também amplia suas possibilidades dentro da educação. A expectativa é que o projeto continue crescendo. E atraindo olhares para sua relevância cultural e social, proporcionando a novas gerações o acesso a uma rica herança musical brasileira.

Para saber mais

A Orquestra Berimbauê está sediada na escola Alvino Hosken. As atividades acontecem nas manhãs de segunda, terça e quarta-feira. Organização do grupo Acanne, Associação de Capoeira Angola Navio Negreiro, Capoeira Cura e Capoeira Educação. Whatsapp do mestre Luiz Henrique: (35) 99201-4314.

Orquestra Berimbauê

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