
O sistema elétrico brasileiro voltou a registrar um novo recorde de consumo nesta última segunda-feira (24), refletindo o impacto das altas temperaturas sobre a demanda por eletricidade. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), às 14h49, a carga instantânea do Sistema Interligado Nacional (SIN) atingiu a marca histórica de 105.475 megawatts (MW). A maior já registrada no país.
Este foi o quinto recorde de demanda em 2025, consolidando um mês de fevereiro com consumo excepcionalmente alto. Dia 24 de fevereiro, a carga atingiu 105.475 MW às 14h49, superando o recorde anterior de 104.732 MW, registrado em 21 de fevereiro às 14h24. Antes disso, outros picos ocorreram ao longo do mês: 103.754 MW em 12 de fevereiro às 14h37, 103.335 MW em 11 de fevereiro às 14h37 e 102.810 MW em 22 de janeiro às 14h30. Essa sequência de recordes reflete o aumento contínuo da demanda devido às ondas de calor que têm afetado diversas regiões do país.
Acúmulo de calor
O mês de fevereiro tem sido marcado por temperaturas excepcionalmente altas. Durante o verão, a inclinação do eixo da Terra faz com que a região receba maior incidência solar. Isso torna os dias mais longos e favorecendo o acúmulo de calor. E intensifica o consumo de energia. Pois a população busca formas de resfriamento, como o uso contínuo de ar-condicionado e ventiladores.
Além disso, o Brasil vai passar nos próximos dias pela quinta onda de calor do ano. Um fenômeno que agrava ainda mais o calor extremo e o consumo de energia. O mais intrigante é a sequência de dias com mais calor. Dos 28 dias de fevereiro, entre os dias 2 e 12, os estados do Sul ficaram sob influência do ar quente. Depois, entre os dias 12 e 24, foram os estados do Centro-Oeste, Sudeste e parte do Nordeste que sofreram com temperaturas elevadas. Agora, no final do mês, o calor voltou a se concentrar no Sul, permanecendo até o dia 28. A previsão para o início de março indica que o calor continuará intenso, abrangendo o Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com temperaturas acima da média.
Setor elétrico
O calor extremo também compromete a eficiência das redes de transmissão, aumentando a temperatura dos cabos e reduzindo sua capacidade de condução de energia. Isso pode levar a sobrecargas e oscilações no fornecimento, tornando essencial a adoção de estratégias para minimizar perdas. Medidas como modernização da infraestrutura, otimização do gerenciamento da carga e investimentos em tecnologias que aumentem a resiliência do sistema são fundamentais para evitar impactos no abastecimento. A busca por fontes de energia diversificadas e o aprimoramento da capacidade de distribuição podem ser caminhos para garantir maior estabilidade diante do crescente consumo provocado por eventos climáticos extremos.
(Fonte: Climatempo)