Os servidores públicos municipais de Poços de Caldas recusaram, em Assembleia realizada nesta segunda-feira (24), as primeiras propostas de reajuste salarial e do vale-alimentação feitas pela administração.
Os servidores pleiteavam um reajuste salarial de 11,8% e um aumento, de R$ 700 para R$ 1.000, no valor do vale-alimentação. A proposta enviada pela administração foi de 0% de ganho real no salário, sendo feito um reajuste de 4,56% que não cobre a inflação de 4,83%. No vale-alimentação, a administração ofereceu também um reajuste de apenas 4,56%, subindo o valor para R$ 731.
Nova assembleia
Durante a Assembleia desta terça-feira, os servidores rechaçaram as propostas da administração e decidiram seguir com a negociação reivindicando os valores iniciais. Além disso, foi deliberado pelos presentes a realização de uma nova Assembleia, com ponto abonado, na próxima quinta-feira (27). Primeira chamada às 13h e segunda chamada às 13h10 na porta do Centro Administrativo.
Segundo a presidenta do Sindserv Greice Keli Alves, o Sindicato irá disponibilizar transporte do centro da cidade até o Centro Administrativo para os servidores que necessitarem. Além disso, será montada uma estrutura com lanche para receber os trabalhadores que forem participar deste momento. “É hora de nos unirmos e mostrarmos a nossa força para fazer com que a administração negocie de forma decente com a gente. O servidor municipal carrega a cidade nas costas, cuida da saúde das pessoas, da manutenção da cidade, das crianças, dos adolescentes, da limpeza, do trânsito e precisa ter respeito e valorização. Lutaremos para que isso aconteça”, explicou.
Greve
A Assembleia de quinta-feira (27) contará com indicativo de greve em sua pauta. E caso haja deliberação para uma greve, a presidenta esclarece que esta é uma luta que o Sindicato irá comprar. Sempre na defesa e na valorização dos servidores. “Estamos preparados para caso os servidores optem por uma greve. O que nós percebemos é que todos estão cansados com a falta de valorização por parte do poder público, que já dura oito anos. Os servidores estão dispostos a fazerem o que for necessário para que tenham seu trabalho reconhecido e valorizado e o Sindicato irá apoiá-los incondicionalmente”, concluiu.