A crise hídrica que atingiu diversas cidades no país ano passado, incluindo Poços de Caldas, evidenciou a necessidade urgente de investimentos em obras para garantir a segurança do abastecimento público.
Com esse propósito, a atual diretoria do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) dedicou cerca de dois anos a negociações em Brasília, buscando apoio do governo federal para financiar projetos por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no eixo “Água para Todos”.
Como resultado desse esforço, no final do ano passado, o governo federal aprovou um financiamento de R$ 74,8 milhões para a duplicação da capacidade de tratamento da Estação de Tratamento de Água (ETA) V, a maior da cidade. O projeto conta ainda com uma contrapartida municipal de mais de R$ 10 milhões, totalizando um investimento superior a R$ 85 milhões.
A obra, que deve ser concluída em quatro anos, é considerada fundamental para atender ao Plano Diretor de Abastecimento de Água e ao crescimento urbano previsto até 2033.
Planejamento social
Na última sexta-feira, servidores de diversos setores do DMAE se reuniram para discutir e executar o Projeto de Trabalho Técnico e Social (PTTS). Uma etapa obrigatória para a liberação do financiamento pela Caixa Econômica Federal.
O PTTS abrange ações socioeducativas em áreas como mobilização comunitária, fortalecimento social, educação ambiental e patrimonial, além de iniciativas voltadas ao desenvolvimento socioeconômico.
Histórico da ETA V
A Estação de Tratamento de Água Dr. Moacyr Vargas de Sousa, localizada na rodovia do contorno, começou a operar em agosto de 1991. E teve inauguração oficial em 16 de outubro de 1994, durante a gestão do então prefeito Luiz Antônio Batista. E com o engenheiro Gustavo Zarif Frayha à frente do DMAE.
Desde então, a ETA V passou por sucessivas ampliações. Consolidando-se como a maior estação de tratamento de Poços de Caldas. E ainda responsável pelo abastecimento da maioria dos bairros da cidade.
Com a duplicação de sua capacidade, a ETA V reforça seu papel estratégico no atendimento das demandas de água da população. Especialmente diante dos desafios climáticos e do crescimento urbano.