Janeiro começou com diversos alinhamentos no céu e durante o ano mais fenômenos irão acontecer. Alguns irão necessitar de equipamentos, como telescópios e binóculos, enquanto outros poderão ser vistos até mesmo a olho nu.
O que mais chama atenção nesse início do ano é a quantidade de alinhamentos planetários. De todos que aconteceram, o que mais destacado será o de fevereiro desse ano. O alinhamento contará com sete planetas visíveis – Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. A quantidade de planetas alinhados, significando que eles estarão na posição certa no momento certo, torna esse evento extremamente raro. O próximo acontecerá daqui a 400 anos.
O que é alinhamento?
O alinhamento de planetas é um fenômeno astronômico que ocorre quando dois ou mais planetas do Sistema Solar aparecem relativamente próximos uns dos outros em uma mesma região do céu. Geralmente ao longo de uma linha ou em um pequeno arco. Apesar do termo “alinhamento”, os planetas não ficam realmente “em fila” no espaço. Mas aparentam estar alinhados da perspectiva da Terra devido às suas posições orbitais.
Por que é tão difícil acontecer?
Os planetas e corpos que orbitam o Sol não possuem velocidades semelhantes nem seguem a mesma trajetória. Planetas como Mercúrio e Vênus, por exemplo, têm órbitas menores e se movem em altas velocidades. Já corpos mais distantes, como Urano e Netuno, percorrem órbitas significativamente maiores e apresentam movimentação extremamente lenta.
Essa discrepância nas características orbitais dificulta a ocorrência de alinhamentos entre vários planetas ao mesmo tempo. Além disso, as órbitas planetárias não estão exatamente no mesmo plano, embora sejam relativamente próximas. Isso ocorre porque estão inclinadas em relação ao plano da eclíptica, que é o plano imaginário que liga a Terra ao Sol.
Devido a essa inclinação, mesmo que os planetas estejam em posições aparentes que sugerem alinhamento, eles podem ocupar diferentes regiões do céu, dependendo do ângulo de inclinação de suas órbitas. Quanto maior o número de planetas envolvido, mais difícil se torna essa combinação de fatores para que o alinhamento aconteça.
Assim, os alinhamentos planetários, especialmente aqueles que envolvem um grande número de corpos celestes, permanecem como eventos astronômicos raros e fascinantes.
Alinhamento raro
O ano de 2025 começou com um raro evento astronômico. No dia 21 de janeiro, Vênus, Saturno, Júpiter e Marte estarão alinhados, proporcionando um espetáculo visual. Vênus e Saturno serão os primeiros a aparecer logo ao entardecer, seguidos por Júpiter, que estará em uma posição mais alta no céu, mas na mesma linha. Já Marte será visível como um ponto vermelho no horizonte leste.
Os quatro planetas poderão ser observados a olho nu, mas quem tiver acesso a telescópios poderá ampliar a experiência ao enxergar Urano e Netuno, que também estarão no alinhamento. Em 28 de fevereiro, Mercúrio se juntará à formação, totalizando sete planetas alinhados – um evento extremamente raro que só voltará a ocorrer em 2492. Em agosto, os planetas se alinharão novamente, mas dessa vez sem Mercúrio.
Como se preparar para observar o fenômeno?
Planetas como Mercúrio, Vênus e Marte podem ser facilmente vistos a olho nu, enquanto Júpiter e Saturno, apesar da distância, também são visíveis devido ao seu grande tamanho. No entanto, Urano e Netuno, por serem mais distantes e apresentarem baixa luminosidade, exigem o uso de telescópios.
Para aproveitar melhor o alinhamento, recomenda-se buscar locais afastados da poluição luminosa das cidades, como áreas rurais ou montanhas. Aplicativos de observação astronômica podem ajudar a localizar os planetas e planejar a melhor posição para assistir ao evento. Além disso, consultar sites especializados pode fornecer informações atualizadas sobre os horários ideais para a observação.
O alinhamento planetário de 2025 promete ser um dos momentos mais marcantes para os amantes da astronomia, oferecendo uma oportunidade única de contemplar a beleza e a sincronia do cosmos.
(Com informações de tempo.com)
