O movimento “Poços na Linha”, que reúne mais de 3.500 apoiadores, fez um apelo à nova administração municipal de Poços de Caldas para retomar o projeto de restauração da linha férrea entre a estação Bauxita e a estação central. A proposta é vista como uma oportunidade de investimento estratégico para impulsionamento do turismo e preservação do patrimônio histórico da cidade.
O projeto inicial, que avançava há cerca de uma década, previa um convênio com a antiga Codemig (atual Invest Minas), no valor de R$ 10 milhões, e contava com o apoio da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF). A ABPF se comprometeria a fornecer a locomotiva a vapor, vagões e a manutenção da linha férrea, enquanto a prefeitura ficaria responsável apenas por pequenas obras de infraestrutura.
Apesar de ser considerado vantajoso, o convênio expirou durante a gestão do ex-prefeito Sérgio Azevedo, devido à falta de ações para sua execução. Agora, com uma nova administração e a atual liderança de Arison Siqueira na Secretaria de Turismo, os participantes do Movimento veem uma oportunidade de retomar o projeto. Especialmente considerando o apoio do governador Romeu Zema, conhecido por seu entusiasmo com o transporte ferroviário.
Turismo e integração
Além de seu potencial turístico, o leito férreo de Poços de Caldas também possui um ramal que alcança à zona sul da cidade. O que, portanto, possibilitaria seu uso compartilhado para transporte urbano, com integração entre carros, ciclistas e pedestres.
“O retorno da linha férrea não é apenas uma questão de turismo, mas também de mobilidade e preservação histórica. É um patrimônio que merece valorização. E pode transformar a experiência dos moradores e visitantes da cidade”, destaca Álvaro Danza Vilela, um dos representantes do Poços na Linha.
O apelo reflete o desejo por um futuro em que Poços de Caldas explore plenamente suas potencialidades turísticas. E também melhore a qualidade de vida de sua população, preservando a memória de seus trilhos hoje abandonados.