A suspeita de infecção por febre amarela em macacos encontrados mortos no norte de Minas Gerais acendeu o sinal de alerta para a doença no estado. Ao todo, sete primatas foram localizados na região, com as vísceras encaminhadas para análise laboratorial na Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, ainda em dezembro de 2024.
O foco de preocupação aumentou nesta semana com a confirmação do primeiro caso de febre amarela em humanos no estado em 2025. O paciente, morador de Camanducaia, no sul de Minas, está em tratamento. Na mesma região, dois municípios foram classificados como áreas de epizootia, destacando a importância do monitoramento da doença.
Sentinelas
Os macacos, embora não transmitam febre amarela aos humanos, são essenciais para identificar a presença do vírus em circulação. Conhecidos como “sentinelas”, esses animais ajudam a alertar as autoridades sanitárias para possíveis surtos. A transmissão da doença ocorre por meio de mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que são os principais vetores no Brasil.
Zona rural
No norte de Minas, os macacos mortos foram encontrados na zona rural de Coração de Jesus e São João do Pacuí. A ação faz parte do trabalho de investigação e controle da febre amarela conduzido pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros. O estado segue em alerta, aguardando os resultados laboratoriais e reforçando as ações de prevenção e vacinação em áreas de risco.