Com luzes, sombras e muita criatividade, o projeto cultural Poços Noir – Fundamentos transformou o IFSuldeMinas, campus Poços de Caldas, em um laboratório de narrativas visuais dias 27 e 28 de novembro. Idealizado por Marcelo Leme, o projeto reuniu 70 estudantes interessados em fotografia e cinema, propondo uma imersão na estética noir, marcada por contrastes intensos de luz e sombra, atmosferas sombrias e uma forte carga narrativa.
A iniciativa, realizada com recursos do edital de Patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura de Poços de Caldas, idealizado e coordenado pelo roteirista e cineasta Marcelo Leme, com produção da Lavanda Cultural, teve como resultado a criação de 63 narrativas fotográficas pelos alunos.
Parte desse material poderá ser vista pelo público no Instagram do projeto (@pocosnoir). “Com a estreia das produções no Instagram, o projeto efetiva a sua proposta de ampliar o acesso à arte e de apresentar jovens talentos descobertos com seus resultados. Aproveito para agradecer a todos os participantes que enviaram as fotos e ao professor Marcio Bess, do IFSuldeMinas, que nos apoiou na realização do projeto no instituto”, declara Marcelo.
Uma jornada pela estética Noir
Dividido em duas etapas formativas e uma de produção prática, o projeto contou com a participação de nomes experientes na área, como Beatriz Castro, Laís Queiroz e Bruno Benetti. Além do próprio idealizador, Marcelo Leme. As oficinas abordaram temas como narrativa visual, técnicas de fotografia com celular, estética e iluminação, sempre conectados ao universo noir.
Na primeira parte do encontro formativo, Marcelo Leme e Beatriz Castro introduziram os fundamentos da estética noir e a construção de roteiros para a criação de fotos e narrativas visuais que tornam esse estilo único. “A ideia era que as fotos contassem uma história ao expectador. E o resultado foi surpreendente. Além de despertar muito o interesse dos participantes, abriu-se um leque de criatividade impressionante”, conta Marcelo.
No segundo momento, Laís Queiroz liderou uma saída fotográfica, na qual os participantes experimentaram na prática técnicas de enquadramento e iluminação, aspectos essenciais para a criação de imagens com o clima noir. Uma aula transmitida por vídeo conduzida por Bruno Benetti complementou a formação, trazendo dicas detalhadas sobre iluminação para explorar contrastes e profundidade nas composições.
Novos talentos
O projeto também teve como meta revelar novos talentos e incentivar os jovens a se interessarem por cinema e fotografia. “Queríamos que eles percebessem as artes visuais e o audiovisual como linguagens poderosas de expressão e criatividade e de comunicação. E acredito que conseguimos despertar essa curiosidade em muitos deles. Foi instantâneo!”, contou Marcelo.
Um impacto criativo duradouro
O resultado do “Poços Noir – Fundamentos” vai além dos 63 trabalhos criados. Ele proporcionou aos participantes uma experiência imersiva, que combinou aprendizado técnico, produção criativa e a descoberta de novas possibilidades artísticas. Para muitos, foi a chance de experimentar pela primeira vez a construção de narrativas visuais e de se aprofundar na linguagem visual. “As narrativas produzidas mostram como a estética noir, nascida no cinema do século passado, pode ser reinterpretada e atualizada. Tornando-se uma ferramenta poderosa para contar histórias e criar imagens impactantes”, afirmou Dani Alvisi, uma das produtoras da Lavanda Cultural.
Serviço
Exposição permanente
Poços Noir – Fundamentos
No Instagram: @pocosnoir