As abelhas sem ferrão, essenciais para a polinização e a manutenção dos ecossistemas, enfrentam ameaças crescentes, como desmatamento, uso de agrotóxicos, mudanças climáticas e perda de habitat. Em Poços de Caldas, o meliponicultor Adriano Geraldo Guedes Guadagnin está à frente de um projeto de preservação que contribui para a biodiversidade local e promove a sustentabilidade.
Ele transformou seu terreno em um espaço dedicado à conservação, utilizando materiais recicláveis para criar um ambiente sustentável e seguro para as abelhas. “Essas abelhas são agentes essenciais na polinização de plantas nativas e culturas agrícolas, além de serem fundamentais para a manutenção da biodiversidade”, destaca ele.
Preservação
O meliponário abriga diversas espécies de abelhas sem ferrão, como jataí, tubuna, mandaçaia, guaraipo, bugia, manduri, mandaguari preta, mirim guaçu, mirim droryana, mirim preguiça, marmelada e iraí, todas protegidas por práticas legalmente permitidas, como a captura com iscas. No mundo, existem cerca de 300 espécies de abelhas sem ferrão, distribuídas em 52 gêneros.
Além de ser seguro para os visitantes, que não precisam de equipamentos de proteção, o meliponário reforça a importância das abelhas para serviços ecossistêmicos, segurança alimentar e sustentabilidade agrícola. “Os benefícios da preservação vão além do ambiente natural, abrangendo também a cultura e a economia local”, explica Adriano.
Ameaças e estratégias de preservação
Adriano alerta sobre os desafios enfrentados pelas abelhas sem ferrão e propõe soluções. Como a criação de áreas de proteção, políticas de incentivo à meliponicultura e educação ambiental. “Conservar habitats e incentivar práticas de preservação são estratégias cruciais para garantir a sobrevivência dessas espécies”, afirma.
Pequenas ações com grande impacto
O meliponicultor também incentiva ações individuais como plantar jardins com espécies nativas, evitar o uso de agrotóxicos e apoiar projetos de conservação. “Atitudes simples, como divulgar a importância das abelhas sem ferrão, podem fazer toda a diferença para o equilíbrio ambiental”, conclui Adriano.