Em quatro bibliotecas públicas (Centenário, Júlio Bonazzi, Manuel Guimarães e Marcus Vinicius), as equipes organizaram mesas especiais de leitura com títulos variados de autoras e autores negros, tanto do Brasil como do mundo. A ação é para o Dia da Consciência Negra. São obras de escritores brasileiros consagrados como Machado de Assis e Lima Barreto. E ainda os internacionais, como um dos maiores romancistas franceses Alexandre Dumas, autor de obras como O conde de Monte Cristo, Os três Mosqueteiros e O homem da mascara de ferro.
Centenário
Na Biblioteca Centenário, por exemplo, integram a mesa especial obras que contabilizam muitos empréstimos, como Olhos D’Água, da escritora, linguista, doutora em Literatura e imortal da Academia Mineira de Letras Conceição Evaristo, e Quarto de Despejo, principal obra de Carolina Maria de Jesus, publicada há 63 anos. Ela acompanha a história de Carolina como mãe solo, dividindo o barraco com seus três filhos e buscando sustento na catação de papelão. Na obra, a autora relata os fatos ocorridos na favela do Canindé, em São Paulo, entre os anos de 1955 e 1959. Com reflexões sobre os acontecimentos que mostram a realidade social do Brasil de meados do século XX.
Biblioteca Marcus Vinícius
Também entre os livros preferidos pelos leitores das bibliotecas está Hibisco Roxo, da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie. Escritores e escritoras locais estão representados por Chico Rei 50 anos, da educadora e pesquisadora Maria José de Souza, Tita. Em dois volumes, a obra mostra, por meio da reprodução das atas, o cotidiano da entidade fundada em 1963, com a razão social Chico Rei Clube. O objetivo principal era congregar a população negra de Poços de Caldas. Vindo a se constituir como um instrumento de unidade e representatividade deste grupo social.
As mesas temáticas ficam disponíveis até o final do mês, em alusão ao Dia da Consciência Negra, celebrado nesta quarta-feira, 20 de novembro.