A Operação El Patrón, da Polícia Civil, desencadeada nesta quarta-feira (13) em Poços de Caldas e três cidades paulistas, apurou uma movimentação de R$ 2 milhões de traficantes nos últimos seis meses.
Ao todo 27 pessoas foram presas. Além disso, a operação contou com 204 policiais, assim como cães, helicóptero e 50 viaturas.
De acordo com o delegado Marcos Pimenta, chefe do 18° Departamento de Polícia Civil, as investigações começaram há 18 meses. Primeiro com foco no tráfico de drogas, em seguida na lavagem de dinheiro.
Durante o cumprimento de mais de 100 mandados ocorreu a apreensão de oito veículos, além de equipamentos eletrônicos, R$ 20 mil em dinheiro, cartões, drogas e outras provas.
Os policiais ainda localizaram e desmontaram um laboratório de produção de maconha.
Delivery
De acordo com o delegado Cleyson Brene, a Agência de Inteligência passou a atuar no caso após a apreensões de drogas com embalagens sofisticadas. “Assim se identificou um sistema de delivery de drogas onde através do WhatsApp indivíduos compravam entorpecentes, recebiam cardápios especiais, faziam pagamentos via pix e recebiam as drogas através de entregadores”, esclarece.
Com as primeiras apreensões os policiais tiveram acesso aos dados de aparelhos celulares e puderam identificar envolvidos com o tráfico de drogas e com a lavagem de dinheiro.
“Como já tínhamos as chaves pix desses indivíduos, para onde eram destinados os pagamentos, iniciamos a investigação com o objetivo de identificar as transações típicas de lavagem de capitais”, pontua Brene.
Na análise bancária os investigadores identificaram que a rede fez movimentações de mais de R$ 2 milhões em apenas seis meses.
Agora as investigações devem continuar. Isso porque o esquema de lavagem de dinheiro incluía pessoas jurídicas de diversas regiões do país, entre elas Amazonas e Rio de Janeiro. Há ainda depoimentos que apontam o uso de laranjas.
Presos
A partir das análises financeiras a polícia conseguiu identificar os envolvidos no esquema criminoso. Prisões temporárias foram solicitadas à Justiça, acatadas e cumpridas nesta quarta-feira. O principal alvo das investigações estava em Mogi Guaçu (SP), onde foi preso.
Além dele, outros 26 alvos foram presos preventivamente, sendo 24 deles em Poços de Caldas.
El Patrón
A operação recebeu o nome de El Patrón porque a linha telefônica usada nos contatos de WhatsApp era batizada inicialmente com esse nome, embora tenha sido trocado ao longo das investigações.