Os estudos climáticos indicam que 2024 ultrapassará 2023 como o ano mais quente já registrado no planeta, de acordo com um novo relatório do Copernicus, o Serviço de Mudanças Climáticas da União Europeia. Até outubro, a temperatura média global foi 0,16ºC mais alta do que em 2023. Que até então era o ano mais quente registrado, aumentando as chances de 2024 superar o ano passado.
Embora 0,16ºC possa não parecer muito significativo, mesmo pequenos aumentos na temperatura global podem desencadear mudanças substanciais nos padrões climáticos, levando a eventos mais extremos, como ondas de calor, secas, enchentes e incêndios florestais, segundo cientistas climáticos da Nasa.
O mês passado também foi o segundo outubro mais quente globalmente, com uma temperatura média de 15,25ºC. O Copernicus observou que 2024 provavelmente será o primeiro ano a ser 1,5ºC mais quente que a média pré-industrial de 1850-1900. A temperatura média global nos últimos doze meses (de novembro de 2023 a outubro de 2024) foi 1,62ºC acima dos níveis pré-industriais.
Os objetivos do Acordo de Paris visam limitar o aquecimento global a 1,5ºC para evitar os piores efeitos das mudanças climáticas. No entanto, as temperaturas médias diárias da superfície do mar em grande parte dos oceanos do mundo, continuam bem acima da média, incluindo a maioria do Atlântico. Temperaturas anormalmente altas da superfície do mar podem tornar os furacões mais intensos e podem desempenhar um papel no restante da temporada de furacões no Atlântico, que termina em 30 de novembro.