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Vacina da rinite: quem pode tomar e quais as recomendações

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Vacina da rinite: quem pode tomar e quais as recomendações
imagem ilustrativa

Coriza, coceira e espirros frequentes. Quem sofre com rinite alérgica sabe o quanto esses sintomas incomodam. No Brasil, de acordo com números oficiais da Organização Mundial de Saúde (OMS), o problema atinge 30% da população, enquanto o número global é ainda maior: 40% das pessoas ao redor do planeta sofrem com os seus efeitos. Apesar dos dados alarmantes, a rinite pode ter controle por meio de uma simples vacina, em um processo conhecido como imunoterapia. Acontece que ela não é para todo mundo.

De acordo com o otorrinolaringologista Paulo Mendes Junior, do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), maior referência do segmento na América Latina, a imunoterapia é recomenda, mas os pacientes precisam ter um quadro clínico bem definido. “Um especialista deve avaliar se o tratamento é realmente a vacina, pois muitas vezes medidas como lavagem nasal funcionam em casos mais brandos. A vacina tem recomendação para pacientes que sofrem com a rinite alérgica, rinoconjuntivite alérgica e também a asma alérgica”, destaca o especializa, explicando também que os principais alérgenos causadores da rinite são os ácaros (presentes na poeira doméstica), pólen, fungos (mofo) e epitélio de animais (cão e gato).

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Gotas sublinguais

Segundo o otorrinolaringologista, a vacina da rinite é uma terapia que engloba injeções ou gotas sublinguais de alérgenos em doses crescentes. “Geralmente, a aplicação é em gotas, três vezes na semana, por um mínimo de seis meses. Observando melhora, o tratamento é estendido para um total de três anos. E com um grande benefício de manter esta melhora após o tratamento por 10 anos”, explica. O tratamento pode ser em adultos e crianças, com duração de três a cinco anos, podendo ter prolongamento da imunidade por até 10 anos.

“A vacina minimiza os sintomas como espirros, coriza e coceira. É um alívio para o paciente, diminuindo também o uso de antialérgicos e corticoides. Ela consegue estagnar a evolução para crises de sinusite que muitas vezes precisam de antibiótico”, detalha Paulo Mendes Junior. “A vacina tem recomendação para pessoas com alergia comprovada via testes clínicos, necessários antes da imunização, que possuem doenças imunológicas sob controle, que não estejam gestantes e sem alergia aos componentes da imunoterapia”, completa o especialista.



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