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Estiagem provoca racionamento de água em todos os bairros de Poços

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Estiagem provoca racionamento de água em todos os bairros de Poços
DMAE está bombeando o volume morto de água da represa Saturnino de Brito (Foto DMAE)

Poços é uma cidade que depende única e exclusivamente das chuvas para o abastecimento, pois não temos rios no entorno. A captação da água para tratamento e, posterior, abastecimento, advém da represa do Cipó, abastecendo cerca de 70% da cidade, e o restante pela represa Saturnino de Brito. Além disso, por ser uma cidade com topografia acidentada (muitos morros), há a necessidade ainda das Estações Elevatórias, que por meio de bombas levam água até a população.

O Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) vem, há anos, tomando medidas para minimizar os impactos de uma estiagem prolongada como estamos vivendo. Entre elas, campanhas permanentes junto à população para o uso racional da água, monitoramento constante dos mananciais, combate às perdas de água. Ressaltando que Poços é uma das poucas cidades do país com 100% de abastecimento de água e 100% de tratamento do esgoto coletado.

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Buscando recursos

Além disso, o DMAE vem trabalhando junto ao governo federal buscando recursos para investimentos no saneamento municipal com projetos desenvolvidos pelo setor de engenharia: Estação Elevatória e Linha de Recalque ETA V/ETA III/ Reservatório Morro do Chapéu, ampliação ETA V, nova captação e adutora de água bruta, parque de hidrômetros, substituição e ampliação do sistema de esgoto, ampliação e implantação do sistema terciário- ETE 3, substituição interceptor avenida Presidente Wenceslau Braz, implantação de usina de geração de energia a partir da energia solar e de resíduos sólidos da Estação de Tratamento de Esgoto. Além da renovação da frota de caminhões e máquinas. O resultado dessas iniciativas veio recentemente com a liberação do governo federal, através do Programa de Aceleração do Crescimento, de R$ 74,8 milhões para serem investidos no aumento da capacidade de tratamento e distribuição de água para a população.

A primeira ação tomada pelo DMAE para minimizar os impactos da crise hídrica foi criar um Comitê Interno, com a participação de todos os setores da autarquia, para discutir ações em um trabalho conjunto para minimizar os problemas de abastecimento para a população.

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Disque-denúncia

Entre as ações, em andamento, uma campanha junto à população para o uso racional da água, além da criação do Ligue-Denúncia (whatsapp 98433-4049) para os moradores auxiliarem o DMAE na fiscalização de atitudes inadequadas, como lavar carros e calçadas com mangueiras. Evidenciando ainda a necessidade de todos os imóveis possuírem caixas d´agua de acordo com o consumo, para não dependerem exclusivamente da água da rua.

Manobras

Além disso, é feita também a realização de manobras, com o fechamento dos registros de uma região para abastecer outra, em sistema de rodizio. Inicialmente, essa ação foi realizada no período noturno. Entretanto, pelo agravamento da situação já acontece durante o dia em todos os bairros da cidade. As manobras duram de 3 a 5 horas por setor. Com a possibilidade de alterações nesse tempo, caso seja necessário.

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Volume morto

O DMAE iniciou ainda bombeamento do volume morto na represa Saturnino de Brito. O volume morto, também chamado de reserva técnica de água, é o nome que se dá à reserva de água mais profunda das represas, que fica abaixo dos canos de captação que normalmente são para retirar água da barragem para seu uso. Ou seja, é o que fica abaixo da captação por gravidade (sem o uso de bombas). Todas essas ações do DMAE estão sendo realizadas para evitar a todo o custo o racionamento da água, aguardando que as chuvas possam chegar para a normalidade no abastecimento.

Outros municípios

O longo período de estiagem vem afetando o abastecimento de água em todo o país. E em dezenas de municípios, o racionamento é uma realidade. Duas cidades próximas a Poços, abastecidas pela Copasa – Lavras e São Gonçalo do Sapucaí – sofrem com o racionamento, além de Prata, no Triângulo Mineiro. No Estado de São Paulo, Bauru e São José do Rio Preto passam pela mesma situação. Em Sorocaba a prefeitura assinou decreto declarando emergência climática no município. Na capital paulista, o Sistema Cantareira que abastece grande parte de São Paulo, está com 55% do volume útil e opera na faixa de atenção. Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), órgão do governo federal, cerca de 200 municípios continuam em condição de seca extrema. Com destaque para São Paulo (82 municípios), Minas Gerais (52), incluindo Poços, Goiás (12), Mato Grosso do Sul (8) e Mato Grosso (24).

 

 

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