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Número de órfãos cresce em Minas: feminicídios e covid-19 são principais causas

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Número de órfãos cresce em Minas: feminicídios e covid-19 são principais causas
Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social – debate sobre a proteção a órfãos (Foto Elizabete Guimarães-ALMG)

O aumento de feminicídios e as mortes causadas pela pandemia de covid-19 têm deixado um rastro de crianças e adolescentes órfãos em Minas Gerais. Apesar das estatísticas, o Estado muitas vezes falha em garantir o suporte necessário a essas vítimas.

Essa foi a principal preocupação levantada durante uma audiência pública, realizada pela Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na última quinta-feira (5).

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Projetos de lei

O encontro, de iniciativa da deputada Ana Paula Siqueira (Rede), autora do projeto de lei (PL) 3.632/22, discutiu políticas para proteger órfãos de feminicídio. A deputada destacou que Minas Gerais é o segundo estado com mais casos de feminicídio no país.

“É urgente buscar articulação dos serviços públicos, visando à promoção, proteção e defesa dos direitos das crianças e adolescentes órfãos”, afirmou.

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A parlamentar também alertou para o impacto emocional e social sofridos por essas crianças, muitas vezes abandonadas pelo sistema de proteção. “Já vi aqui uma filha dizer que não conseguia mais se referir ao genitor como pai”, disse, lembrando casos em que o pai é também o agressor.

Covid-19 em comunidades vulneráveis

Além dos feminicídios, a pandemia agravou o número de órfãos no estado. A professora Fernanda Flaviana Martins, do departamento de serviço social da Pontifícia Universidade Católica (PUC Minas), relatou o caso de Ana, uma menina de 11 anos que perdeu a mãe para a covid-19 e enfrentou uma série de dificuldades, como depressão, problemas de saúde e falta de suporte jurídico e psicológico.

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“A irmã não tinha a guarda judicial e enfrentou muitas dificuldades para conseguir consultas, matrícula na escola, acompanhamento médico e psicológico”, contou.

Estado falha na proteção e assistência aos órfãos

Milton Alves Santos, secretário executivo da Coalizão Nacional Orfandade e Direitos, destacou que o Estado ainda não possui um protocolo para lidar com essas crianças.

“A gente faz a gestão da morte e não da vida”, criticou, reforçando a necessidade de assistência aos órfãos, antes de implementar políticas punitivas.

Segundo ele, mais de 6,1 mil crianças em Minas Gerais são órfãs, com 70% delas com menos de seis anos de idade.

A promotora Ana Tereza Sales Giacomini, coordenadora da Casa Lilian do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), também criticou a falta de protocolos de assistência, enfatizando que as vítimas indiretas, como os órfãos de feminicídio, são muitas vezes esquecidas pelo sistema de Justiça e de segurança pública.

“Essas vítimas indiretas ficam esquecidas até que venham bater no sistema, seja cometendo um ato infracional ou novamente como vítima”, lamentou.

(Fonte: Brasil de Fato, com informações da ALMG)

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