Um laudo de integridade estrutural do monotrilho de Poços de Caldas, realizado pela empresa ELC Engenharia, foi enviado à Câmara em resposta a requerimento. A conclusão é que não há colapso global, porém, a estrutura do equipamento está comprometida e exige intervenções.
Há outros dois laudos com levantamentos das condições do monotrilho: um realizado pelo engenheiro de carreira da prefeitura Antônio Ernesto Guidugli, especialista em construção civil pela Universidade Federal de Minas Gerais, em novembro de 2021, e outro solicitado pelo Ministério Público de Minas Gerais ao Centro de Apoio Técnico Setor de Engenharia (Ceat), realizado pelo engenheiro civil Jairo Fernandes Borges Ribeiro em junho de 2022.
Estes dois estudos corroboram com o resultado do laudo apresentado pela ELC, no sentido de que o retorno de funcionamento do monotrilho depende de manutenção de estruturas.
Laudo recente
Os engenheiros da empresa contratada para os estudos mais recentes, dizem no relatório que há manifestações patológicas evidentes na estrutura do monotrilho. “(…) é possível concluir que a estrutura de concreto armado do monotrilho não apresenta, no momento, para as configurações atuais de carregamento e uso, risco de colapso global. Contudo, para que a estrutura, mesmo sem utilização para a finalidade que foi construída, continue oferecendo segurança aos usuários, faz-se necessária a execução das seguintes intervenções a médio prazo: execução das obras de contenção dos taludes em que estão inseridas as fundações da estrutura em um prazo de até 2 anos; elaboração anual de laudo de inspeção visual da estrutura e taludes após a entrega do presente trabalho”.
As análises estruturais concluíram que a estrutura principal do equipamento, em sua maior parte, tem capacidade resistente para suportar o movimento de trens. Entretanto, para garantir tudo isso são necessário trabalhos de reforço e conserto.
Intervenções
Recuperação e reforço das vigas travessas de pórticos, recuperação estrutural dos pilares dos pórticos, reparo e recuperação estrutural das vigas de rolamento, reforço à flexão das vigas de transição das estações, prospecção refinada das fundações e análise geotécnica e estrutural da capacidade de movimento do monotrilho, elaboração de análise estrutural que contemple as características do trem tipo do monotrilho a ser efetivamente utilizado.
Intervenções que podem ser realizadas após o início da utilização da estrutura em prazo de máximo de 5 a 10 anos: tratamento superficial com aplicação de solução realcalinizadora, inibidores de corrosão e proteção superficial com hidrofugante em toda a estrutura.
Custos
O prefeito Sérgio Azevedo disse que, com base no relatório da empresa de engenharia, pretende realizar a licitação para as intervenções na estrutura do monotrilho ainda em 2024.
O custo estimado para as obras necessárias é de R$ 14 milhões e está relacionado em uma planilha orçamentária.