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Habitat do animal mais mortal do mundo se expande à medida que o planeta aquece

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Habitat do animal mais mortal do mundo se expande à medida que o planeta aquece
Imagem ilustrativa

Embora pesem apenas 2,5 miligramas, o mesmo que um grão de arroz, os mosquitos levam o título de animal mais mortal do mundo. E não é de se admirar. Estes pequenos insetos matam mais de 1 milhão de pessoas por ano no mundo, e espera-se que esse número aumente à medida que o planeta aquece.

No entanto, não são os próprios mosquitos que fazem o trabalho mortal. O que os torna uma ameaça tão perigosa é a sua capacidade de transmitir vírus e parasitas que causam doenças devastadoras. Só a malária, transmitida pelo mosquito Anopheles, mata 600 mil pessoas todos os anos, principalmente crianças, e deixa outras 200 milhões incapacitadas durante dias.

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Doenças

Dessa maneira, o Aedes aegypti, vetor da febre amarela, zika, dengue e outras doenças, adaptou-se de forma impressionante aos ambientes urbanos. Este mosquito se alimenta exclusivamente de humanos e é capaz de depositar seus ovos nos mais diversos recipientes, tanto ao ar livre quanto em ambientes fechados.

Outras doenças transmitidas por mosquitos incluem a dengue, que causa entre 100 e 400 milhões de casos anualmente em todo o mundo; a febre amarela, que apresenta alta taxa de mortalidade e a encefalite japonesa, responsável por mais de 10 mil mortes por ano, principalmente na Ásia. Sem esquecer o vírus Zika, cujos efeitos neurológicos devastadores em bebês nascidos de mães infectadas foram recentemente descritos.

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Com mais de 2.500 espécies em todo o mundo, estão presentes em quase todas as regiões do planeta, exceto na Antártica. A sua capacidade de adaptação a novos ambientes e de resistir às intervenções humanas os torna animais especialmente difíceis de controlar. Eles estão em constante evolução, aprendendo a fugir das ferramentas que utilizamos para combatê-los.

Surtos de doenças transmitidas por mosquitos

Nos Estados Unidos, a situação dos mosquitos é preocupante. Durante esse ano de 2024, eles experimentaram os maiores surtos de dengue, vírus Oropouche e encefalite equina oriental da sua história. Algumas cidades fecharam parques à noite (horários de pico para picadas de mosquitos) e restringiram atividades ao ar livre e eventos públicos.

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As medidas de prevenção mais eficazes consistem em redes mosquiteiras e na remoção de água acumulada em todas as superfícies.

Condições úmidas

O clima mais quente na primavera e no outono e as condições mais úmidas permitiram que os mosquitos surgissem mais cedo e sobrevivessem desde o final do ano passado, dando-lhes um período mais longo para transmitir doenças. “Se pensarmos no ponto ideal de transmissão em termos de temperatura e precipitação suficiente, à medida que estes fatores se movem em direção aos polos, há mais oportunidades para os mosquitos entrarem em novos locais”, disse Sadie Ryan, professora de geografia médica da Universidade da Flórida.

Entre 1979 e 2022, os dias favoráveis para os mosquitos aumentaram em mais de duas semanas em grande parte dos Estados Unidos, expandindo tanto a sua estação ativa como o seu alcance.

Brasil

No Brasil, os casos do vírus Oropouche aumentaram mais de 800% em relação ao ano passado, causando sintomas semelhantes aos da dengue ou do zika. Este ano, entretanto, já é o pior já registrado em termos de dengue, com mais de 11 milhões de casos e mais de 7.000 mortes notificadas em todo o mundo até julho, quase o dobro do recorde histórico de 2023.

Além das mudanças de temperatura e das chuvas que aceleram a reprodução dos mosquitos, fatores como urbanização, viagens e comércio também contribuíram para a expansão desses insetos.

Desse modo, este panorama global destaca a necessidade urgente de reforçar as medidas de controle e prevenção contra os mosquitos. Com a expansão destes insetos para novas áreas e o aumento da incidência de doenças, é crucial tomar ações coordenadas para proteger a saúde destes perigosos vetores.

(Fonte: tempo.com)

 



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