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Crítica | Entenda por que Longlegs é o melhor terror de 2024

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longlegs
Imagem: divulgação

Lá pelas décadas de 1960 e 1970, quando ocorreu o lançamento de clássicos do terror como “O bebê de Rosemary”, “O Exorcista” e “A Profecia”, este segmento sabia mesmo aterrorizar o público. Os filmes eram feitos com esmero e entendiam que tanto a sutileza do silêncio como a exposição do grotesco podem, igualmente, assustar.

De lá pra cá, e principalmente nos últimos anos, o gênero tem sofrido com obras genéricas e essencialmente comerciais. Porém, é importante lembrar que o terror é tão artístico e relevante quanto os gêneros comumente mais aclamados.

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Por isso, quando surge “Corra!”, de Jordan Peele, ou “Longlegs”, de Oz Perkins, o público aproveita para apreciar cada minuto da obra.

Longlegs

Em Longlegs quase tudo funciona, a começar pelo elenco. O filme tem Nicolas Cage em mais um overacting bem sucedido e Maika Monroe na sua interpretação totalmente introspectiva, porém expressiva.

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A dupla rende boas cenas, sempre causando a sensação de que algo muito ruim está prestes a acontecer. Aliás, esta percepção ocorre também por conta da fotografia.

Já no início, a vontade é de levantar um pouquinho a câmera para ver o rosto inteiro do vilão. Mas não é possível, até porque o desconhecido sempre provoca mais medo do que as informações às claras. Os pontos de fuga são utilizados com inteligência e, assim, um simples corredor pode ser aterrorizante.

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Também é notável o esforço para que as imagens sejam simétricas. Isso normalmente daria uma sensação de conforto e tranquilidade, mas neste contexto causa estranheza. Afinal, nada ali é corriqueiro, nada parece estar no lugar.

Os dois primeiros atos do filme constroem esse clima de terror, com clichês bem utilizados, de forma primorosa. O desconhecido aos poucos vai se tornando conhecido e, por isso, talvez a resolução não seja tão impactante.

Ademais, alguns pontos do roteiro simplesmente perdem importância no decorrer da história, como as cartas deixadas por Longlegs. Supostas reviravoltas também acabam sendo previsíveis e já no primeiro ato ficam perceptíveis.

Mesmo assim, o saldo é dos mais positivos. Seria ótimo se a próxima temporada de premiações reconhecesse todo o valor artístico de Longlegs. Mas é aquilo: só acredito vendo.

*João Araújo é jornalista, dramaturgo, documentarista, ator e palhaço.




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