Um bebê de um mês e 23 dias morreu de coqueluche em Poços de Caldas. A morte foi confirmada pela Secretaria de Estado de Saúde nesta sexta-feira (30).
A vítima, um menino, veio a óbito em 19 de julho deste ano. O diagnóstico: coqueluche, infecção respiratória altamente contagiosa, causada pela bactéria Bordertella pertussis.
Em nota encaminhada à reportagem do Poços Já, a SES informa que, de acordo com a investigação epidemiológica realizada pelo município, a criança ainda não tinha recebido nenhuma dose da vacina contra a doença, devido à faixa etária, e a mãe também não foi vacinada com dTpa (vacina que protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche) na gestação.
O bebê tem um irmão gêmeo que também testou positivo para a coqueluche, mas já teve alta hospitalar.
A última vez em que a doença havia tirado a vida de alguém em Minas Gerais foi em 2019, com três óbitos registrados. Ainda segundo a SES-MG, o número de casos confirmados no Estado saltou de 14, em todo 2023, para 121 nos primeiros meses deste ano.
Como a coqueluche é uma doença prevenível por vacinação disponível no SUS e incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI), a orientação é que a população mantenha a imunização em dia.
A SES-MG ainda informa que, em 2024, até dia 29 de agosto, foram notificados, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), 413 casos suspeitos de coqueluche, dos quais 131 foram confirmados, e um óbito.
Segue tabela de casos suspeitos, confirmados e óbitos por coqueluche, de 2019 a 2024.
Ano |
Casos suspeitos |
Casos confirmados |
óbitos |
2019 |
542 |
183 |
3 |
2020 |
87 |
37 |
0 |
2021 |
111 |
14 |
0 |
2022 |
198 |
14 |
0 |
2023 |
157 |
14 |
0 |
2024 |
413 |
131 |
1 |
Fonte: Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan (extraídos dia 29/08/2024). Os dados são parciais, sujeitos a alteração, e se referem até a Semana Epidemiológica (SE) 34.
Vacinação
Em relação à vacinação contra a coqueluche, de acordo com o Painel de Imunização do Ministério da Saúde, em 30/8/2024, a cobertura da vacina pentavalente, que imuniza contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae do tipo B e hepatite B, é de 83,58%.
Já a cobertura da vacina tríplice bacteriana (DTP), que imuniza contra a difteria, tétano e coqueluche, é de 83,65%, enquanto a da dTpa adulto é de 71,29%.
Os dados são atualizados diariamente e estão disponíveis clicando aqui. A meta vacinal estabelecida pelo Programa Nacional de Imunização de ambas as vacinas é de 95%.
No momento, a vacina tríplice bacteriana (DTP) está com estoque indisponível devido a sua falta no Ministério da Saúde. Em relação à vacina pentavalente, o estoque está regular (29/8/2024), com 202.283 doses disponíveis.