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Caso Pavesi | Álvaro Ianhez deixa presídio após conseguir habeas corpus

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O médico Álvaro Ianhez, condenado a mais de 21 anos de prisão pela morte e retirada ilegal de órgão do menino Paulo Veronezi Pavesi foi colocado em prisão domiciliar na última quarta-feira (28). Ele conseguiu um habeas corpus.

O médico estava preso na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, a P2, conhecida como ‘presídio dos famosos’, em Tremembé (SP). Ele deixou o local no fim da tarde.

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De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo, a liberdade foi concedida  após a determinação judicial do Superior Tribunal de Justiça. Ianhez será monitorado eletronicamente. Além disso, ele não poderá exercer a medicina durante o cumprimento da sentença.

O caso

Em abril de 2000, Paulo Veronesi Pavesi, de 10 anos, foi levado ao Hospital Pedro Sanches com suspeita de traumatismo craniano após cair de uma altura de 10 metros do prédio onde morava. Após alguns problemas durante a cirurgia, o menino foi encaminhado à Santa Casa, onde morreu.

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O pai do garoto desconfiou que algo estaria errado quando recebeu a conta do primeiro hospital, no valor de aproximadamente R$ 12 mil. Na fatura estavam sendo cobrados medicamentos para remoção de órgãos, que teriam de ser custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a equipe médica teria constatado a morte encefálica, mas as investigações apontaram que o laudo pode ter sido forjado, além de haver irregularidades durante o atendimento. Os envolvidos foram denunciados por homicídio qualificado.

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“Na denúncia consta que cada profissional cometeu uma série de atos e omissões voluntárias com a intenção de forjar a morte do menino para que ele fosse doador de órgãos. Estão entre as acusações, a admissão em hospital inadequado, a demora no atendimento neurocirúrgico, a realização de uma cirurgia por profissional sem habilitação legal, o que resultou em erro médico, e a inexistência de um tratamento efetivo e eficaz. Eles são acusados também de fraude no exame que determinou a morte encefálica do menino”, informa o TJMG.

 




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