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Venho desde 2017, por meio do Coletivo Pólis e, em seguida, ao ingressar na Rede Sustentabilidade, buscando atuar e articular uma aproximação entre os movimentos sociais, coletivos, partidos, com viés democrático-progressista, a partir dos ideais, ações, projetos e programas, em torno dos pontos de unidade e não das divergências.

Após longa militância (mais de 40 anos), desde o movimento estudantil, juventude, bases sociais e populares, sindicatos, educação, cultura , direitos humanos e ecoambientais, militância partidária pelo PT (por 20 anos) e em outras frentes progressistas, optei por integrar a Rede Sustentabilidade por me identificar com seu programa e pautas, sobretudo por renovar em suas teses e programas a práxis político-socioambiental, sem perder os fundamentos progressistas, incorporar novos métodos e ações, com espaço ao ecossocialismo, à militância em torno das pautas e movimentos étnicos, identitários e transformações socioeconômicas profundas; além de um modelo democrático, inovador e descentralizado de organização  partidária.

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Com o avanço da extrema direita fascista e fundamentalista, mais do que uma opção, o diálogo e unidade em torno de uma frente ampla democrático-progressista veio a ser uma necessidade urgente.

Após a intensa articulação e militância das forças progressistas, conseguimos fragilizar o avanço da extrema-direita, derrotada nas últimas eleições presidenciais; desde então, inicialmente como porta-voz presidente da Rede Sustentabilidade e mais recentemente como coordenador de Articulação Política, tenho dedicado empenho para a permanência da unidade do campo democrático-progressista, visando às eleições municipais; apesar de muitas tentativas de unificação programática e construção de diálogos, infelizmente, essa frente unificada não conseguiu se manter.

Diante da indefinição da Rede Sustentabilidade local, que tem postergado um posicionamento propositivo e construtivo, seja unindo-se em apoio às alternativas progressistas para as eleições do Executivo local, ou na apresentação de candidatura própria que pudesse preservar sua identidade partidária e agregar ao menos parte das forças políticas e sociais progressistas, a movimentação partidária vem sendo, já há meses, pela omissão, neutralidade, distanciamento e, mais recentemente, agindo até mesmo como bloqueio e fator dificultador frente às alternativas colocadas; como agravo foram aumentando boatos ou indícios, não contestados pública e veementemente, de possibilidade de apoio direto ou indireto ao campo centro-direita. A opção pela postergação que passou a dificultar ainda mais a construção efetiva de uma alternativa à disputa pelo Executivo local, tornou-se uma postura com a qual não posso ser conivente.

Lamento que tenham surgido atritos, alguns deles, provavelmente por mim provocados; tenho profundo apreço, carinho, gratidão e respeito por todas, todes e todos que continuam integrando esse importante partido político, que muito tem contribuído com o país, estado e cidade por meio de suas pautas e ações, com impacto mundial, especialmente quanto às causas ambientais; continuarei sempre apoiando ações e projetos que estejam em sintonia com o bem público e ideais político-sociais nas linhas sinalizadas acima.

Por último, mas o mais importante, continuo, como Dom Quixote, lutando contra moinhos de ventos, conclamando pela unidade progressista. E, mais que isto, centro-progressista; não facilitemos ao facismo-fundamentalismo, que pode desaguar em 2026 num desastre nacional.

Desse modo, democratas de Poços de Caldas, uni-vos, da esquerda ao centro para vetar a extrema-direita.