Uma vasta região do Brasil Central não registra chuvas a mais de três meses – incluindo Mato Grosso do Sul, leste e centro-norte de Mato Grosso, e todo o estado de Goiás. Estiagens são comuns durante os meses de inverno, que já são normalmente mais secos na região Centro-Oeste, mas num geral sempre há algum volume de precipitação.
Algumas regiões já passam de 100 dias sem registrar um pingo de chuva.
Nos últimos cinco anos, esta é a pior situação registrada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para a região central do Brasil. E as previsões não indicam melhora. Ao longo dos próximos dias, o tempo continuará ensolarado, com pouca nebulosidade e nenhuma chuva.
Além da falta de chuvas, praticamente todo o país tem registrado temperaturas acima do normal neste ano. No Centro-Oeste, diversos municípios estão registrando máximas acima dos 38°C. Na última quinta-feira (1), Cuiabá registrou praticamente 40°C de acordo com as estações meteorológicas.
Ao longo dos próximos dias, as previsões indicam que temperaturas continuarão se mantendo em patamares altos ao longo de todo o Centro-Oeste, com temperaturas máximas chegando a valores próximos dos 40°C – o que significa que alguns municípios estão quase 10 graus acima da média para essa época do ano.
Graças às temperaturas altíssimas e uma estiagem extremamente pronunciada, as umidades relativas do ar estão também atingindo valores extremamente baixos na porção central do país.
Níveis de deserto
Há avisos meteorológicos de baixa umidade relativa vigentes neste momento, graças a valores que podem variar entre 20% e 12%. Estes níveis de umidade relativa são similares aos do deserto do Saara, onde a umidade relativa costuma variar entre 14% e 20%.
Num geral, umidades relativas abaixo de 30% já configuram cenários de atenção, onde se deve tomar precauções para evitar problemas de saúde. Alguns dos seus efeitos imediatos são o ressecamento da pele, desconforto agudo nos olhos, boca e nariz e ocorrência de dores de cabeça.
(Fonte: tempo.com)