Zé, Caramelo, Negão e Tigrado são cachorros comunitários que vivem no entorno da rodoviária, cuidados por protetoras há pelo menos quatro anos. São vacinados, castrados e vermifugados.
Nesta quinta-feira (1), a notícia é que eles seriam retirados daquela área por representarem perigo ao público.
“Eles estão lá há anos, sendo cuidados com muito carinho, são dóceis, não atacam ninguém. É muita crueldade tirar os cães do local em que estão acostumados”, diz uma das protetoras, que preferiu não se identificar.
O assunto gerou protestos e muita indignação entre as pessoas da proteção animal de Poços.
“Quando o assunto é cachorro e gato, não há muito interesse da administração em resolver os problemas. Desalojar os cachorros não vai resolver a questão de abandono e maus-tratos na cidade. Só vai piorar, pois serão mais animais levados para um Abrigo já cheio”, pontuam os protetores do Coletivo da Causa Animal de Poços de Caldas.
Animal comunitário
Para legislar sobre o cão e gato comunitário existe uma lei estadual, a 21.970, de 15/01/2016. “Entende-se por cão ou gato comunitário aquele que, apesar de não ter responsável definido e único, estabelece com a comunidade onde vive vínculos de dependência e manutenção”.
A lei ainda esclarece que o poder público desenvolverá estratégias voltadas para a proteção de cães e gatos comunitários, com vistas à promoção da melhoria do bem-estar desses animais e do respeito por eles.
“Cuidar de cães comunitários é uma prática que pode beneficiar tanto os animais quanto as comunidades, promovendo um ambiente mais humano e colaborativo. Portanto, com estratégias adequadas e a colaboração de todos os envolvidos, é possível proporcionar uma vida digna e saudável para esses animais. E, desse modo, ao mesmo tempo em que se fortalece o senso de responsabilidade e união comunitária”, finalizam os protetores.